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Estado de Alagoas tem 43,05% da população endividada, aponta Serasa
Cartão de crédito corresponde a 27,86% de todas as dívidas dos brasileirosA falta de planejamento financeiro é um dos grandes responsáveis pelo alto índice de inadimplência no país. De acordo com o último Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, o Brasil atingiu 73 milhões de famílias endividadas, um total de 45,12% de inadimplentes somando todos os estados brasileiros. O estado de Alagoas é um dos estados do Nordeste com maior percentual de endividados, com 43,05% de toda a população.
Confira os números no NE
● PE 46,97%
● RN 45,67%
● SE 43,61%
● AL 43,05%
● MA 41,52%
● PB 39,90%
● BA 40,79%
● PI 35,43%
Segundo, Gildenor Leite, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, com uma combinação de recursos financeiros extras, oportunidades de descontos, e a possibilidade de iniciar o ano novo com uma situação financeira mais saudável, faz do final de ano um momento estratégico para quitar dívidas.
Muitas pessoas recebem o 13º salário, bonificações ou gratificações de fim de ano, o que aumenta a disponibilidade de recursos financeiros. Esse dinheiro extra pode ser utilizado para quitar ou reduzir dívidas. Além disso, empresas e instituições financeiras costumam oferecer promoções e descontos especiais para a quitação de dívidas no final do ano. Isso pode incluir abatimentos significativos nos juros e nas multas, tornando a quitação mais vantajosa”, alerta.
O docente explica, que, em linhas gerais, a pessoa se torna inadimplente por manter o padrão de consumo e gastos acima de suas capacidades financeiras. ‘Obviamente, existem exceções como gastos inesperados com doença, família etc., mas em todos os casos, cuidar das contas e honrar os compromissos é essencial”, ressalta.
De acordo com Gildenor, o maior vilão das pessoas ainda é o cartão de crédito. O Mapa da Inadimplência mostra, por exemplo, que o cartão de crédito representa 27,86% das dívidas no Brasil. “Compras no cartão de crédito em atraso têm os valores transformados em crédito rotativo e possui juros que, geralmente, estão entre os mais altos do mercado”, alerta.
O especialista analisa, que a média de juros do rotativo era de 455% a.a. em 2023, (Banco Central), e em 3 de janeiro de 2024, entraram em vigor, novas regras para o crédito rotativo do cartão de crédito (CMN - Conselho Monetário Nacional). “Relacione todas as dívidas e entre em contato com os credores para negociar os pagamentos. É crucial que o endividado só feche acordos se as condições forem compatíveis com sua realidade financeira. Quebrar o contrato de débito pode levar à perda dos descontos oferecidos, cancelamento da renegociação e retomada de juros”.
Além disso, o professor destaca a importância do autoconhecimento para evitar novas dívidas. “Compreender o motivo das compras, evitar compras compulsivas, comparações sociais, materialismo e vulnerabilidade de consumo são fatores cruciais para um melhor controle financeiro. “Para equilibrar a renda, procure destinar 50% para gastos essenciais, como aluguel, alimentação e transporte; 30% para estilo de vida, como academia e lazer; e 20% para pagamento de empréstimos ou investimentos”.