ALAGOAS
IML de Maceió reduz em mais de 67% o acúmulo de corpos não reclamados
Cerca de 60 cadáveres permanecem no local aguardando identificação ou liberação judicialO Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, em Maceió, conseguiu reduzir significativamente o acúmulo de corpos não reclamados na unidade. Desde maio deste ano, 86 dos 129 cadáveres armazenados foram sepultados, representando uma diminuição de 67,4%.
Segundo o chefe do setor de Antropologia Forense, Eduardo Nysiama, a redução foi possível graças a exumações administrativas no cemitério Divina Pastora e à ampliação de vagas em cemitérios de municípios do interior, com apoio da Defensoria Pública de Alagoas.
No cemitério Divina Pastora, 185 corpos foram exumados, sendo 103 sepultados pelo IML e 82 sem identificação. Nysiama explicou que a maior parte das vagas foi liberada após essas exumações. Durante o processo, a equipe do IML, em parceria com o setor administrativo e os coveiros da necrópole, localizou os túmulos, retirou as ossadas, identificou as origens e transferiu os restos mortais para o ossuário, liberando espaço para novos sepultamentos.
Além disso, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Defensoria Pública permitiu o envio de 32 corpos para sepultamento em cidades do interior, como União dos Palmares, Japaratinga, Satuba, e Marechal Deodoro.
Atualmente, cerca de 60 corpos permanecem no IML aguardando identificação ou liberação judicial, pois eles não foram identificados e nem reclamados. A maioria desses corpos aguarda o resultado de exames de DNA ou decisões judiciais para liberação.
A superlotação é um problema que pode comprometer os sistemas de refrigeração, acelerar a decomposição e colocar em risco a saúde dos funcionários.