BAIRROS AFUNDANDO
Braskem amplia provisão para R$ 1,3 bilhão devido a afundamento em Maceió
Montante adicional considera análises sobre o fechamento e planejamento das áreas afetadasA Braskem informou nesta sexta-feira, 31, um aumento de R$ 1,3 bilhão nas provisões relacionadas ao afundamento de solo em Maceió, Alagoas. O valor foi divulgado em fato relevante ao mercado e reflete estudos técnicos realizados por consultorias contratadas pela empresa.
Segundo a companhia, o montante adicional considera análises sobre o fechamento e planejamento das áreas afetadas. Desse total, R$ 1,2 bilhão estão vinculados a possíveis medidas de preenchimento de cavidades pressurizadas, que poderão ser executadas a partir de 2027.
A execução das ações, conforme a Braskem, pode se estender por vários anos ou décadas. A empresa reforçou que o valor é uma estimativa e está sujeito a ajustes conforme a evolução dos estudos e das necessidades técnicas identificadas.
"O valor adicional estimado de provisão leva em consideração as informações e os estudos de planejamento e fechamento existentes, sendo que o valor aproximado de 1,2 bilhão de reais é relativo a medidas de preenchimento das cavidades pressurizadas que, caso sejam necessárias, serão iniciadas a partir de 2027, com execução ao longo de vários anos ou décadas", afirmou a companhia.
Bairros afundando
O afundamento do solo, causado pela extração de sal-gema, levou à desocupação de bairros inteiros em Maceió, como Pinheiro, Bebedouro e Mutange. Mais de 60 mil pessoas foram realocadas, e a região enfrenta danos ambientais e estruturais desde 2018.
A situação gerou a interdição de imóveis, comércios e vias públicas, além de comprometer a infraestrutura local. A Braskem foi responsabilizada judicialmente pelos danos, que incluem rachaduras em edificações e alterações no lençol freático.