EDUCAÇÃO
PF responsabiliza PM por segurança na Ufal; SSP nega atribuição
Cinco cursos da Ufal tiveram as aulas presenciais suspensas por falta de segurança no campusA Polícia Federal (PF) em Alagoas informou, em nota divulgada nesta sexta-feira, 31, que não recebeu nenhum ofício da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sobre possíveis práticas criminosas no campus de Maceió. A PF destacou ainda que a manutenção da ordem pública no local é de responsabilidade da Polícia Militar.
"A Superintendência da Polícia Federal em Alagoas esclarece que a manutenção da ordem pública no campus da UFAL é de responsabilidade da Polícia Militar e que não recebemos, até o momento, nenhum ofício da UFAL comunicando eventual prática criminosa em seu campus", informou.
Ontem, 30, por outro lado, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) afirmou que o policiamento no entorno do campus é feito diariamente pela Polícia Militar. No entanto, a atuação dentro da universidade é de competência da PF, por se tratar de uma área federal.
"A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) informa que o policiamento ostensivo no entorno do Campus Maceió da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) é realizado diariamente pelo 12º Batalhão de Polícia Militar. No entanto, reforça que a atuação dentro das dependências da universidade é de competência da Polícia Federal, uma vez que se trata de uma área federal", afirmou a SSP.
Pelo menos cinco cursos da Ufal tiveram as aulas presenciais suspensas a partir de quinta-feira, 30. Filosofia, Relações Públicas, Dança, Teatro e Biblioteconomia estão entre os afetados. A decisão foi tomada devido à falta de estrutura e segurança no campus, segundo o Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte (ICHCA).
O Colegiado de Relações Públicas justificou a suspensão temporária das atividades pela necessidade de garantir a segurança física de servidores e alunos. Em nota, o ICHCA ressaltou que a insegurança no campus é um problema antigo e exige discussão urgente com a comunidade acadêmica.
Na segunda-feira, 27, a direção do ICHCA informou que a reitora solicitou um parecer sobre o trabalho remoto dos servidores por 15 dias. Medidas como a instalação de postos de guarda e ajustes na iluminação também foram propostas. A Ufal deve se pronunciar sobre o assunto na terça-feira (4), após reunião do Conselho Superior Universitário.