BRASÍLIA
Câmara articula defesa de ex-assessora de Lira após ação da PF
Temor de parlamentares é que Fialek possa fornecer informações sensíveis
A operação da Polícia Federal realizada na sexta-feira, 12, com foco em Mariângela Fialek, assessora parlamentar ligada à área de emendas, gerou uma reação imediata na Câmara. Deputados de diferentes partidos, incluindo governo, oposição e centrão, iniciaram articulações para proteger a ex-assessora.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Fialek foi descrita por parlamentares como uma técnica “operacional”, responsável por executar ordens superiores. Durante a gestão de Arthur Lira, ela desempenhou papel crucial na liberação de emendas, consolidando sua influência nas articulações com diversas bancadas.
Apesar de atualmente atuar na liderança do PP, Fialek manteve seu papel de destaque no fluxo de informações sobre as emendas parlamentares. Seu nome é reconhecido por líderes partidários, devido à sua capacidade de intermediar pleitos e facilitar a liberação de recursos.
Após a busca da PF, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e outros líderes parlamentares discutiram estratégias para evitar consequências no Supremo Tribunal Federal. Essa movimentação conjunta foi considerada incomum, dadas as tensões políticas internas da Casa.
O temor de parlamentares é que Fialek, pressionada por investigações, possa fornecer informações sensíveis sobre a distribuição de emendas.



