SEGURANÇA PÚBLICA

Policias de Alagoas vão usar câmeras corporais; veja o que se sabe

Estado também vai receber armas não letais como taser e outros equipamentos
Por Assessoria 12/03/2025 - 18:51
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Rovena Rosa / Agência Brasil
Policiais de outros estados, como São Paulo, já usam o equipamento
Policiais de outros estados, como São Paulo, já usam o equipamento

O Estado de Alagoas aderiu aos programas Nacional de Qualificação do Uso da Força e de Câmeras Corporais, do governo federal, e vai receber R$ 12 milhões em investimentos em segurança pública. Os termos de adesão aos projetos foram assinados nesta quarta-feira, 12, pelo governador Paulo Dantas e pelo o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo.

O governo de Alagoas vai receber R$ 9,7 milhões para locação de 600 câmeras corporais, pelo prazo de 24 meses. Serão também doadas pelo governo federal 5.995 espargidores, no valor de R$ 587 mil, e 480 kits com taser, colares, cartuchos, baterias e maletas, no valor de R$ 2,040 milhões, totalizando quase R$ 3 milhões.

Mário Sarrubbo salientou que as estatísticas demonstram que os batalhões que usam câmeras corporais morrem poucos policiais ou diminui o número de mortes de policiais. “Em outro aspecto, elas qualificam a prova no processo, porque as imagens das câmeras policiais vão para o processo criminal, que terá, portanto, a verdade do que efetivamente aconteceu naquela ocorrência”.

Para a aquisição das câmeras corporais será feito um processo licitatório, mas algumas armas não letais já foram adquiridas pela SSP e estão apenas aguardando a liberação da Receita Federal, já que são equipamentos importados.

Para o comandante da Polícia Militar do Estado de Alagoas, coronel Paulo Amorim, todo equipamento novo gera de início uma resistência se não for bem explicado. “Acredito que tudo que no passado houve uma resistência. Hoje, o policial não vai mais para a rua sem o colete balístico, assim como o uso do capacete nos estádios de futebol, que antigamente eram uma resistência, hoje são considerados equipamentos fundamentais de proteção do policial”, exemplificou.

Segundo o comandante da PMAL, antes de iniciar o uso das câmeras corporais, a intenção é educar, explicar a polícia Militar da real necessidade da implementação das câmeras. “Mas vamos fazer isso com muito estudo, explicando à tropa, à sociedade, com muita serenidade, com muita técnica, dentro do conhecimento científico, em que momento vai ser utilizado, qual vai ser a dinâmica do uso, quais as unidades operacionais que irão utilizar e de que forma será utilizada”, explicou.

Cerca de 70 policiais civis e militares já participaram de um treinamento promovido pela Senasp, em Maceió, no mês de fevereiro, para servirem de multiplicadores sobre o uso dos novos equipamentos.

O Projeto Nacional de Câmeras Corporais é uma iniciativa estratégica que visa fornecer um conjunto abrangente de ferramentas técnicas, operacionais e normativas para todas as Instituições de Segurança Pública (ISPs) no Brasil, promovendo o uso eficaz de câmeras corporais. O projeto busca proteger os profissionais de segurança pública, qualificar a prestação dos serviços e incrementar a legitimidade das instituições por meio da transparência e da documentação objetiva das operações.

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