Justiça

Réus pelo homicídio da jovem Roberta Dias serão julgados em abril

Caso aconteceu em Penedo, em 2012, motivado pela gravidez da vítima
Por Tamara Albuquerque 25/03/2025 - 12:42
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Divulgação
Roberta Dias, de 18 anos, foi assassinada em 2012 por ter recusado fazer um aborto
Roberta Dias, de 18 anos, foi assassinada em 2012 por ter recusado fazer um aborto

O Tribunal do Júri no município de Penedo (AL) realiza entre os dias 23 e 25 de abril o julgamento dos réus acusados pelo homicídio da jovem Roberta Costa Dias, crime ocorrido em 2012. Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos são acusados por homicídio triplamente qualificado, aborto provocado por terceiros e ocultação de cadáver. Eles vão sentar no banco dos réus no plenário do Fórum Desembargador Alfredo Gaspar.  O júri será presidido pelo juiz Lucas Lopes Dória Ferreira, titular da a 4ª Vara Criminal da cidade.

A programação prevista é que no dia 23 de abril serão ouvidas apenas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público. No dia seguinte, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelas defesas. Já no dia 25 estão previstos os debates, caso não seja possível realizá-los no dia 24, juntamente com as etapas finais do Tribunal do Júri.

O assassinato ocorrido há 13 anos foi motivado por causa a gravidez da jovem, que tinha 18 anos na época e se negou a fazer um aborto. 

Karlo Bruno, ex-namorado da vítima, e Mary Jane, mãe do adolescente Saullo de Thasso Araújo Santos, que engravidou Roberta, foram denunciados pelo Ministério Público como os autores material e intelectual do crime, respectivamente.

Denúncia

De acordo com a denúncia, o assassinato de Roberta foi tramado no dia 11 de abril de 2012. A vítima estava grávida do então adolescente Saullo de Thasso e foi atraída para a Praça Santa Luzia, em Penedo, sob o pretexto de ter uma conversa sobre o bebê. No local, ela foi capturada e levada para uma área deserta, onde foi asfixiada com um fio de extensão de som automotivo. 

O corpo de Roberta foi posteriormente ocultado em uma cova rasa e somente após nove anos foi localizado. A denúncia aponta que a mentora e financiadora do crime foi Mary Jane Araújo Santos, mãe de Saullo de Thasso. 

Roberta foi obrigada a entrar no carro de Saullo, onde estava escondido no porta-malas um ex-namorado dela, Karlo Bruno, junto com ferramentas que seriam usadas no assassinato, como uma enxada e uma pá, para ocultar o corpo da vítima. 

Karlo Bruno é réu confesso. Ele foi gravado dando detalhes do crime e revelando, inclusive, o local onde havia enterrado o corpo da jovem grávida em um terreno da Praia do Peba, em Piaçabuçu.


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