Com 70% do corpo queimado, a dona de casa Claudiane Maria Joventino dos Santos, de 39 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada desta terça-feira,25, no Hospital Geral do Estado (HGE) onde estava internada desde 2 de março para tratamento das lesões. O marido da vítima, Eraldo Delfino, de 52 anos, foi o responsável por atear fogo em seu corpo após jogar álcool, durante uma discussão dentro da residência do casal no bairro Antares, em Maceió.

Claudiane sofreu queimaduras de grau elevado, principalmente na parte superior do corpo, como rosto. Ela foi trancada em casa pelo marido e deixada em estado agonizante por mais de 24 horas. No dia seguinte, vizinhos escutaram gritos e acionaram o socorro. O crime foi praticado no dia 1º de março por motivos fúteis, segundo a investigação.

Dez dias após atear fogo na vítima, Eraldo Delfino se apresentou à polícia e foi preso. A vítima revelou antes de morrer que já vinha sofrendo agressões e ameaças constantes do marido, além de possuir uma medida protetiva contra o agressor. A informação de Claudiane foi reforçada pela filha dela, enteada do agressor. "Toda vez que bebia, ele sempre tinha o prazer de passar as coisas na cara da minha mãe e sempre ficava ameaçando ela", disse Anny Lavignia.

Em depoimento, Anny contou que sua mãe e o padrasto  estavam bebendo no dia da tragédia. "Quando retornou para casa, ela foi lavar os pratos e ele foi beber com um amigo. Quando ele voltou, já voltou com raiva. Ele segurou ela, jogou álcool. Quando ele tocou fogo, ela gritou. Ele ligou o som, escondeu a chave e ela ficou a noite todinha se embolando para o lado e para o outro. Ela disse para mim que domingo de manhã acordou e deu um grito ao se olhar", disse.