Em publicação nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de Alagoas, delegado Flávio Saraiva, criticou duramente parlamentares que, segundo ele, tentaram explorar politicamente a comoção gerada pelo caso da bebê Ana Beatriz.

O crime, que chocou a população alagoana, teve desfecho após investigação da Polícia Civil, culminando na confissão da própria mãe da criança como autora. Em tom de desabafo, Saraiva afirmou que alguns políticos buscaram transformar a tragédia em "palanque", colocando a população contra as forças de segurança.

“É lamentável ver que, enquanto nossos agentes estavam concentrados em esclarecer os fatos, alguns parlamentares tentaram transformar uma tragédia em palanque, jogando a população contra as polícias, bombeiros e o governo”, escreveu o secretário no Instagram.

Sem citar nomes, o recado de Saraiva teve endereço claro: parlamentares que, em outros momentos, também já teriam criticado o trabalho das forças policiais e questionado dados oficiais, mesmo tendo se beneficiado da estrutura da segurança pública durante suas campanhas eleitorais.

No texto, Saraiva reforçou que a atuação da Segurança Pública é pautada por técnica, inteligência e responsabilidade, e que não se deixará conduzir por "emoção ou oportunismo". A declaração veio em resposta às críticas públicas feitas por políticos antes da conclusão oficial do inquérito.

Confira na íntegra

A Segurança Pública trabalha com inteligência, técnica e responsabilidade — não com emoção ou oportunismo.O caso da bebê Ana Beatriz comoveu o Estado inteiro. E é lamentável ver que, enquanto nossos agentes estavam concentrados em esclarecer os fatos, alguns parlamentares tentaram transformar uma tragédia em palanque, jogando a população contra as polícias, bombeiros e o governo.

A verdade veio à tona. A mãe confessou o crime. E mais uma vez, a investigação séria da nossa Polícia Civil revelou os fatos, mesmo diante de tantas pressões e tentativas de distorção.Colocar as polícias contra a sociedade é uma irresponsabilidade grave.Quem se diz defensor da segurança, precisa, no mínimo, respeitar o trabalho de quem arrisca a vida todos os dias para proteger a população. A dor de uma família não pode ser explorada por vaidade política.