Durante depoimento prestado à Polícia Civil de Alagoas, o pai da bebê Ana Beatriz, Jaelson Silva, afirmou que a sogra pode ter ajudado a mãe da criança a esconder o corpo da menina. Eduarda Silva de Oliveira, foi presa em flagrante após confessar ter sufocado a filha com um travesseiro.

"Eu não posso julgar, também não posso defender. Eu estou entre a cruz e a espada. Acho que pode ter sido [ajudada pela sogra]", disse Jaelson, que afirmou que, até aquele momento, não acreditava que a esposa poderia ter cometido o crime sozinha.

Jaelson contou que morava com Eduarda em São Paulo quando a esposa engravidou. Eduarda voltou para Novo Lino, interior de Alagoas, ainda grávida. Jaelson só voltou para Alagoas depois que soube do desaparecimento de Ana Beatriz. Ele não chegou a conhecer a filha.

Na segunda-feira, 14, equipes policiais e bombeiros procuraram pela bebê na casa da família, mas não encontraram. Na terça-feira, 15, após a confissão de Eduarda, as equipes invadiram a casa e resgataram o corpo da bebê, que foi encontrado dentro de um armário na casa da família. A suspeita é de que Eduarda tenha colocado o corpo da criança no local depois das buscas.

Jaelson chegou em Novo Lino na madrugada de sábado, 12. Ele contou que dormiu na residência no fim de semana. Já na segunda-feira, 14, depois que a esposa precisou ser levada ao hospital ao passar mal após ter confessado o crime, ele foi para casa, onde tomou banho e deu banho no filho e saiu.

Questionado durante o depoimento se o corpo de Ana Beatriz poderia estar em casa no fim de semana, Joelson respondeu: "Pode ser que estivesse, mas pela lógica, não".

Jaelson acredita que Eduarda estava em surto quando tirou a vida da filha por asfixia, conforme disse à polícia. Segundo Jaelson, a gravidez foi planejada e ela demonstrava amor pela criança.

O corpo da bebê Ana Beatriz, de apenas 15 dias, foi sepultado nesta quarta-feira, 16, em Novo Lino, sob forte comoção. Familiares, vizinhos e amigos acompanharam o cortejo até o Cemitério Pedro Martiliano da Silva, levantando faixas e cartazes pedindo justiça.

O pai da bebê, Jaelson Silva, visivelmente emocionado, não concedeu entrevista, mas foi visto segurando a toalha da filha durante a cerimônia. Eduarda passou por audiência de custódia nesta quarta-feira, quando foi decretada sua prisão preventiva. Ela deve responder por homicídio qualificado (homicídio ou infanticídio) e ocultação de cadáver.

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