ESCALA DE REVEZAMENTO
PMs receberam R$ 500 por escolta de delator do PCC em viagem a Maceió
O inquérito continua tramitando e apura o envolvimento dos policiais militares no caso
Policiais militares da ativa, indiciados por organização criminosa, recebiam R$ 400 por dia para trabalhar na segurança de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) morto com dez tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, em novembro do ano passado. As informações estão no relatório final do inquérito policial militar instaurado para apurar o caso. As informações são do site Metrópoles.
De acordo com a investigação, pelo menos 12 PMs participavam da escala de revezamento para a escolta de Gritzbach. O valor da diária variava em situações específicas, como viagens. Na semana anterior ao homicídio, durante uma ida a Maceió, Alagoas, a diária prometida aos policiais aumentou para R$ 500.
A organização da escala de trabalho era realizada pelo tenente Giovanni de Oliveira Garcia. Conhecido como “Garça” ou “Chefinho”, Garcia também seria o responsável pelo recrutamento dos PMs que atuavam na segurança de Gritzbach. Em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, o tenente afirmou que apenas indicava os policiais para o serviço e que receberia R$ 100 como comissão por cada diária. Segundo ele, a contratação e o pagamento eram feitos por um advogado ligado a Gritzbach.
A equipe de investigação apontou inconsistências na versão do tenente. Em trocas de mensagens analisadas no inquérito, Garcia aparece oferecendo vagas e solicitando dados bancários para realizar transferências via Pix, indicando uma participação mais ativa na organização do trabalho dos policiais.