Servidores da educação de Maceió vão paralisar as atividades a partir do próximo dia 5 de maio, a próxima segunda-feira. A categoria rejeitou a proposta apresentada pelo gestão do prefeito João Henrique Caldas, o JHC, de conceder reajuste parcelado de 5% aos salários. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no sábado,26.

Após dificuldades nas negociações sobre os salários, a Prefeitura de Maceió apresentou a proposta que implanta 2,5%  de reajuste salarial em maio e 2,5% no mês de outubro. O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, informou  que o governo municipal só incluiu um ponto novo na proposta, que foi disponibilizar R$ 100 mil mensais para pagamentos de progressões retroativas, que já são direito da categoria.

A greve começa com uma mobilização na porta da Prefeitura de Maceió, em Jaraguá no dia 5 e dois dias após, outra manifestação na porta da Câmara Municipal de Maceió. Além da questão salarial, os educadores denunciaram carências da Educação na gestão JHC, como falta de transporte escolar, salas de aula sem ventilação e refrigeração adequada e o sucateamento da carreira de educadoras e educadores.

A categoria também denuncia que são tratados com descaso pelo governo do estado. "O governador Paulo Dantas, por exemplo, fez acordos com a categoria depois da greve de 2023, e não está cumprindo. Este ano, buscamos negociar o reajuste, mas não fomos recebidos, ainda. Nas prefeituras também temos problemas, alguns gestores estão avançando, mas até na capital Maceió o tratamento dado à educação é o pior possível”, disse o presidente do Sinteal.

A data-base para os servidores estaduais da educação é maio. “Apesar de todo o discurso de que prioriza a educação, o governador não respondeu ao nosso ofício com a pauta da categoria, e não nos recebeu até agora. É importante que ele veja que a mobilização está preparada e que a educação merece ser ouvida”, alertou Izael.