A Polícia Civil de Alagoas criou nesta quarta-feira, 7, uma comissão para investigar a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, durante abordagem da PM no sábado, 3, em Palmeira dos Índios. A equipe é composta por três diretorias e delegados responsáveis por apurar o caso.

Integram a comissão as diretorias de Polícia Judiciária 1 e 3 e a Delegacia de Homicídios da 5ª Região. Os responsáveis são os delegados Sidney Tenório (DPJ1), Alexandre Leite (DPJ3) e João Paulo Tenório (DH da 5ª Região), segundo a Polícia Civil.

Gabriel foi baleado durante perseguição policial. A PM informou que ele fazia manobras perigosas e desobedeceu ao semáforo. Durante a abordagem, um disparo partiu da guarnição após suposto ataque. O adolescente foi atingido e levado à UPA, mas morreu.

A família da vítima contesta a versão. A tia, Flávia Ferreira, afirma que Gabriel não tinha envolvimento com crimes e havia saído para comprar alimentos. Ela disse que ele se assustou com a ação policial e tentou fugir acelerando a moto que conduzia.

De acordo com os policiais do 10º Batalhão, Gabriel foi atingido próximo ao Bar do Guega e carregava um revólver calibre 38. A PM relatou que a arma estava com o adolescente no momento da queda da moto, após o disparo efetuado por um agente.

O comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, afirmou que os policiais envolvidos foram afastados das ruas. Eles passam a exercer funções administrativas até o fim da apuração. A medida foi comunicada à família durante reunião na terça-feira, 6.

“Eles passarão a desempenhar funções administrativas até que as investigações sejam concluídas. Essa é uma medida protocolar para situações como essa, adotada para garantirmos a transparência e a imparcialidade das apurações”, informou.