ECONOMIA

Braskem expande operações no México enquanto crise segue em Maceió

Novo terminal, chamado Terminal Químico Puerto Mexico, recebeu US$ 450 milhões em investimentos
Por Redação 07/05/2025 - 10:02
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Agência Senado
Bairro destruído em Maceió em decorrência da mineração da Braskem
Bairro destruído em Maceió em decorrência da mineração da Braskem

A Braskem inaugura nesta quarta-feira (7) um terminal de importação de etano no México, em meio à continuidade dos impactos do afundamento do solo em Maceió. A estrutura deve permitir que a fábrica da Braskem Idesa opere com capacidade total pela primeira vez desde 2016.

O novo terminal, chamado Terminal Químico Puerto Mexico, recebeu US$ 450 milhões em investimentos e reduzirá a dependência da estatal Pemex, principal fornecedora de etano desde a inauguração da fábrica em Coatzocoalcos.

A instalação do terminal ocorre após acordo de 2021 entre Braskem Idesa e Pemex, que reduziu os volumes comprados da estatal e concedeu acesso a áreas para operação da nova unidade, que deve atingir sua capacidade máxima em agosto.

A presidente da Braskem Idesa, Isabel Figueiredo, afirmou que o terminal representa a “libertação logística” da empresa. Há planos para expandir a produção de polietileno entre 20% e 25%, com construção de um novo forno.

A companhia investiu ainda US$ 200 milhões em dois navios para o transporte de etano, como parte da estratégia de ampliar a segurança no abastecimento e entrar no setor logístico, garantindo maior controle da cadeia de suprimentos.

Com cerca de 15% da produção da Braskem, a Braskem Idesa atende o mercado mexicano, além de clientes no Caribe, América Central, Estados Unidos e Alemanha. A planta opera desde 2016 em parceria com a mexicana Idesa.

O México importa cerca de 80% de seu consumo de polietileno. O plano de expansão da Braskem Idesa visa substituir parte desse volume com produção local, alinhada com políticas do governo para reduzir importações.

Em paralelo à expansão no exterior, a Braskem segue com pendências em Maceió, onde o solo de cinco bairros afundou devido à mineração de sal-gema. O caso, iniciado em 2018, forçou a evacuação de mais de 60 mil moradores da capital alagoana.

Embora os poços utilizados para a extração de sal-gema estejam atualmente inativos, a empresa ainda não concluiu o fechamento definitivo das cavernas


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