INVESTIGAÇÃO
Polícia suspeita que mãe da bebê Ana Beatriz tenta acobertar cúmplice
Eduarda Silva foi indiciada por homicídio, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime
A Polícia Civil de Alagoas afirmou, em coletiva nesta quinta-feira, 8, que a mãe da bebê Ana Beatriz, de 15 dias, pode estar tentando proteger um cúmplice. A criança morreu por asfixia mecânica. A mãe foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.
A versão da mãe, Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, de que matou a filha com uma almofada no sofá, foi confirmada pelo IML. No entanto, os laudos sobre o estado do corpo indicam inconsistências com a tese de que ela teria agido sozinha, levantando suspeitas sobre a participação de terceiros.
"Durante investigação, a mãe da Ana Beatriz manteve sua versão de que teria agido sozinha; o que é incompatível com os laudos do IML sobre a decomposição do corpo. Ela alega que realmente matou a filha por asfixia mecânica, mas parece tentar defender um terceiro. A gente sabe que é muito provável ter tido um terceiro", afirmou o delegado João Marcello, um dos responsáveis pela investigação.
Segundo o laudo, o corpo apresentava sinais de conservação incompatíveis com os quatro dias que teria permanecido no local onde foi encontrado. Isso sugere que o cadáver foi mantido em outro ambiente antes de ser ocultado em um armário.
O delegado afirmou ainda que a tipificação do crime pode mudar caso fique comprovado que a mãe sofria de depressão pós-parto. “Se for comprovado que foi infanticídio pela depressão pós-parto muda todo o caso, já que tá sendo avaliado como qualificado”.
Corpo encontrado
Dada inicialmente como sequestrada, o corpo de Ana Beatriz foi encontrado quando a bebê completaria 19 dias do nascimento. Eduarda Silva, no entanto, confessou a autoria do crime por volta das 13 horas do dia 15 de abril. As equipes policiais invadiram a casa da família e resgataram o corpo da bebê.
O corpo da recém-nascida foi enrolado num saco entes de ser escondido num armário dentro da residência da família. O Extra teve acesso exclusivo às fotos do local, que foi vasculhado na segunda-feira, 14, por policiais e que no dia estava vazio.