INVESTIGAÇÃO

Polícia suspeita que mãe da bebê Ana Beatriz tenta acobertar cúmplice

Eduarda Silva foi indiciada por homicídio, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime
Por Yasmin Gregorio e Bruno Fernandes 08/05/2025 - 12:20
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Yasmin Gregório
Os delegados João Marcelo e Igor Diego durante coletiva
Os delegados João Marcelo e Igor Diego durante coletiva

A Polícia Civil de Alagoas afirmou, em coletiva nesta quinta-feira, 8, que a mãe da bebê Ana Beatriz, de 15 dias, pode estar tentando proteger um cúmplice. A criança morreu por asfixia mecânica. A mãe foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.

A versão da mãe, Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, de que matou a filha com uma almofada no sofá, foi confirmada pelo IML. No entanto, os laudos sobre o estado do corpo indicam inconsistências com a tese de que ela teria agido sozinha, levantando suspeitas sobre a participação de terceiros.

"Durante investigação, a mãe da Ana Beatriz manteve sua versão de que teria agido sozinha; o que é incompatível com os laudos do IML sobre a decomposição do corpo. Ela alega que realmente matou a filha por asfixia mecânica, mas parece tentar defender um terceiro. A gente sabe que é muito provável ter tido um terceiro", afirmou o delegado João Marcello, um dos responsáveis pela investigação.

Segundo o laudo, o corpo apresentava sinais de conservação incompatíveis com os quatro dias que teria permanecido no local onde foi encontrado. Isso sugere que o cadáver foi mantido em outro ambiente antes de ser ocultado em um armário.

O delegado afirmou ainda que a tipificação do crime pode mudar caso fique comprovado que a mãe sofria de depressão pós-parto. “Se for comprovado que foi infanticídio pela depressão pós-parto muda todo o caso, já que tá sendo avaliado como qualificado”.

Corpo encontrado

Dada inicialmente como sequestrada, o corpo de Ana Beatriz foi encontrado quando a bebê completaria 19 dias do nascimento. Eduarda Silva, no entanto, confessou a autoria do crime por volta das 13 horas do dia 15 de abril. As equipes policiais invadiram a casa da família e resgataram o corpo da bebê.

O corpo da recém-nascida foi enrolado num saco entes de ser escondido num armário dentro da residência da família. O Extra teve acesso exclusivo às fotos do local, que foi vasculhado na segunda-feira, 14, por policiais e que no dia estava vazio.


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