O amor pelo futebol mexe diretamente com o bolso de quase dois terços (65,4%) dos nordestinos. É o que revela o recorte regional da pesquisa inédita “Gastos com Futebol”, da Serasa, que ouviu 475 moradores da Região Nordeste. Entre aqueles que desembolsam qualquer quantia ligada ao esporte, a rotina de consumo é frequente: 85% afirmam fazer esse tipo de gasto todos os meses e, em 48,3% dos casos, a fatura mensal não ultrapassa R$ 100.

O levantamento mostra que as camisas de time continuam soberanas no carrinho de compras: dois em cada três torcedores (65,5%) adquirem o item. Em seguida aparecem produtos licenciados como bonés e mochilas (32,1%), ingressos para partidas (30,8 %) e assinaturas de streaming ou pay-per-view (30,4%). Apesar disso, ir ao estádio ainda é exceção: apenas 30,8 % declararam ter comprado ingresso recentemente.

Quando o assunto é acompanhar as partidas, a TV aberta segue imbatível (78,1%), mas a TV fechada já chega a metade do público (49,6%). Plataformas digitais avançam rapidamente: 43,1% citam o YouTube e 28,4% os serviços de streaming.

Para além das finanças, o futebol é percebido como agente de coesão social: 71% dos nordestinos concordam que o esporte exerce papel social importante no País e 49% afirmam sentir-se mais próximos de familiares ou amigos quando assistem às partidas juntos. O impacto emocional também pesa: para 73% dos entrevistados, o futebol interfere de alguma forma no humor diário, e em 34% dos casos essa influência é considerada alta.