Nas últimas semanas, pinguins no litoral de Alagoas chamaram atenção da população. O primeiro caso foi registrado em 26 de julho, na Praia do Gunga, enquanto um segundo pinguim foi encontrado morto em 31 de julho, na praia de Riacho Doce, em Maceió. Ambos pertenciam à espécie Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus).

Nesta quarta-feira, 6, o pinguim resgatado na Praia do Gunga foi transferido para um aquário em João Pessoa, onde fará parte de um bando em reabilitação. Segundo o Instituto Biota de Conservação, responsável pelo resgate, a espécie migra da Patagônia, no sul da Argentina, em busca de alimento. Embora seja comum nas regiões Sul e Sudeste, fatores como correntezas e perda da rota migratória podem levá-los ao Nordeste.

O presidente do Instituto Biota, Bruno Stefanis, alerta que a população não deve interagir com os animais: “Não se deve tocar ou colocar o pinguim no gelo. O ideal é acionar os órgãos competentes, enviando fotos e localização para o resgate.”

Os pinguins resgatados passam por centros de reabilitação, recebem alimentação e cuidados médicos, e só são soltos quando podem integrar um bando. O pinguim da Praia do Gunga seguirá para o aquário na Paraíba, onde se reunirá a outros da mesma espécie.

O primeiro pinguim encontrado apresentava exaustão, desidratação, baixa temperatura, magreza e marcas de enredamento em rede de pesca. O segundo foi encaminhado para necropsia no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Biota.