Profissão em alta
Síndico profissional desponta como nicho de mercado em Maceió
Expansão de condomínios abre perspectiva para empregos inclusive na gestão condominial
Com mais de mil condomínios entre a parte baixa e alta da capital, e tendência de expansão em toda a cidade, surge uma demanda maior por síndico profissional. Sim, por que a competividade do mercado descarta amadorismo inclusive nesse setor, como diz o consultor jurídico e administrativo do mercado imobiliário, Felipe Sarmento Barbosa. “Os condomínios que apresentam melhores resultados são os que têm à frente uma gestão profissional,” observa.
Com experiência de mais de 20 anos no segmento, ele argumenta que o síndico profissional representa a melhor escolha dos condôminos.
“Chega de amadorismo, afinal, gera prejuízo a médio e longo prazos, e as vezes até de imediato. É preciso ter visão empreendedora e administrar o condomínio como se fosse uma empresa privada. A diferença é o lucro não surge em espécie monetária no bolso de determinado empresário, e sim na valorização dos imóveis”, frisa, esclarecendo que cada centavo utilizado na melhoria do condomínio ocorre de forma racional, com pesquisa de custo/benefício, planejamento e acima de tudo com segurança. “Assim evitamos desperdício de materiais e também ocorre assertividade na contratação de mão de obra e terceirização de serviços”, completa Felipe.
Ele elenca alguns dos principais mitos e verdades sobre o perfil do síndico, e reforça que diante da expansão dos condomínios, é cada vez mais imperativo haver profissionalismo.
“Até pouco tempo, era comum um morador mais disponível ser eleito síndico. Era o representante dos condôminos. Infelizmente, por falta de perfil administrativo, o volume de problemas se acumulava e alguns condomínios tiveram grandes prejuízos. Um dos exemplos são dívidas trabalhistas. Visando economizar com pessoal, por exemplo, se optava por vínculos trabalhistas informais. Pouco tempo depois isso gerava ações judiciais com cobrança estratosférica para os condomínios”, lembra Felipe, acrescentando ainda outros problemas idênticos na esfera da União, como dívida com o INSS, entre outros encargos sociais.
Segundo Felipe na maioria das vezes os prejuízos nem decorrem de má fé, e sim da falta de preparo do síndico (e também dos condôminos). Enfim, para ele o mercado não tolera amadorismo e é imprescindível os condomínios optarem por síndico profissional, de preferência com experiência comprovada.