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IBGE
Alagoas envelhece e vê menos jovens entrando no mercado de trabalho
Estado tem queda no número de crianças e aumento de idosos
Alagoas apresentou mudanças significativas em sua composição demográfica, segundo o Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que, entre 2023 e 2024, a o número de pessoas com 60 anos ou mais subiu de 12,4% para 13,1% no estado. Já a base da pirâmide etária diminuiu: crianças de 0 a 4 anos passaram de 7,7% para 6,8% da população, evidenciando a queda nos nascimentos.
O total da população residente em Alagoas manteve-se estável: 3,21 milhões tanto em 2023 quanto em 2024. No entanto, a composição por faixa etária mudou. Jovens de 20 a 24 anos caíram de 290 mil para 261 mil, enquanto o grupo de 30 a 39 anos também recuou, de 480 mil para 469 mil. Enquanto em 2023 havia 248 mil crianças de 0 a 4 anos, em 2024 o número caiu para 219 mil.
Em contrapartida, no mesmo período, faixas etárias mais velhas cresceram. Pessoas de 50 a 59 anos aumentaram de 323 mil para 358 mil, e aquelas com 60 a 64 anos passaram de 126 mil para 146 mil. A população com 65 anos ou mais passou de 274 mil para 276 mil. Esse movimento altera a dinâmica demográfica e é uma tendência de envelhecimento que é observada no cenário nacional.
Impactos no mercado de trabalho
Com menos jovens, o fluxo de entrada no mercado tende a cair. Em Alagoas, a população de 15 a 29 anos vivendo sozinha, que é um indicativo de independência econômica, representava 11,8% em 2023, subindo levemente para 12,3% em 2024. No entanto, em números absolutos, esse grupo soma apenas 22 mil pessoas, contra 61 mil idosos vivendo sozinhos.
No Brasil, os dados também reforçam a tendência: em 2024 havia 1,798 milhão de pessoas de 15 a 29 anos em domicílios unipessoais, frente a 5,82 milhões com 60 anos ou mais, o que corresponde a 35% da população que moram sozinhas, percentual acima dos 34,8% de 2023.
Esse cenário projeta maior pressão sobre o sistema previdenciário e os serviços públicos de saúde, ao mesmo tempo em que reduz a base de trabalhadores jovens, essencial para setores que demandam mão de obra mais numerosa e ativa.
