Marechal Deodoro

Assassinato de esteticista completa um mês; investigação segue em andamento

Cláudia Pollyanne, de 41 anos, morreu após agressões e intoxicação medicamentosa
Por Redação 08/09/2025 - 09:10
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Reprodução/Instagram
Cláudia Pollyanne deu entrada em UPA já em óbito
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O caso do assassinato da esteticista Cláudia Pollyanne, de 41 anos, completou um mês neste domingo, 7, em Marechal Deodoro. O inquérito policial, que ainda não foi concluído, tem prazo até 20 de setembro para finalização. 

A investigação foi impulsionada pela Comissão de Amigos da vítima, que tem acompanhado o caso junto ao Fórum da cidade, Ministério Público Estadual, Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) e Delegacia Geral de Polícia Civil, além de realizar entrevistas à imprensa e reuniões internas.

Os proprietários do estabelecimento onde Cláudia trabalhava, Maurício Anchieta e Jéssica da Conceição, foram presos. Jéssica foi detida em flagrante após denúncia da comissão sobre a presença de uma menor submetida a tortura e violência sexual na clínica clandestina. Maurício, autuado pelos mesmos crimes, foi localizado escondido em um motel em Jacarecica por agentes da Polícia Civil.

O caso expõe falhas na fiscalização de clínicas e estabelecimentos de recuperação. A Comissão de Amigos destacou a necessidade de inspeções rotineiras pelos órgãos de controle e pretende encaminhar questionamentos à comissão de delegadas responsável pelo caso.

O laudo do Instituto Médico Legal apontou múltiplas agressões e intoxicação medicamentosa como fatores que contribuíram para a morte de Cláudia. O perito médico-legista Lucas Emanuel identificou lesões externas em diferentes regiões do corpo, em estágios variados. As mais recentes estavam na face, incluindo equimose no olho direito, compatível com impacto de instrumento contundente. Lesões antigas foram observadas no abdome e na coxa esquerda, sugerindo agressões reiteradas.

O exame também indicou traumatismo crânio-encefálico, que, embora não letal isoladamente, pode ter influenciado o desfecho fatal. Além disso, foram detectados múltiplos medicamentos de diferentes classes, incluindo antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos, muitos com efeito sedativo significativo.


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