A Moody’s cortou a nota de crédito global da Braskem de “B2” para “Caa3”, mantendo perspectiva negativa. Segundo os analistas Carolina Chimenti e Marcos Schmidt, a contratação de assessores financeiros pela empresa aumenta o risco de refinanciamento de dívidas em condições desfavoráveis para os credores. As informações são do site Valor Ecônomico.

A alavancagem ajustada da Braskem atingiu 15,3 vezes em junho, e a queima de caixa nos últimos 12 meses foi de R$ 8,8 bilhões, resultado das operações e das provisões em Alagoas. A companhia possui posição de caixa e baixos vencimentos de dívida no curto prazo, o que reduz a pressão imediata, mas a agência alerta que a capacidade de suportar fraqueza do setor petroquímico diminuiu.

A Moody’s destaca que a Braskem precisa melhorar suas operações para reduzir riscos de refinanciamento relacionados a vencimentos de dívida previstos para 2028. A perspectiva negativa reflete expectativa de que as métricas de crédito permaneçam pressionadas, e a nota pode ser rebaixada caso a empresa realize transações que gerem perdas para os credores.

Na segunda-feira, 29, a S&P Global Ratings cortou a nota da Braskem de “B+” para “CCC-” e a Fitch Ratings reduziu de “BB-” para “CCC+”.