Em câmaras frias

IMLs de Maceió e Arapiraca têm 64 corpos à espera de familiares

Cadáveres com e sem identificação não foram reclamados por parentes
Por Redação 30/11/2025 - 15:37
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Divulgação
IML de Maceió: corpos armazenados à espera de reconhecimento por familiares
IML de Maceió: corpos armazenados à espera de reconhecimento por familiares

O Instituto Médico Legal em Maceió e Arapiraca armazenam 64 corpos à espera do reconhecimento pela família. O objetivo é evitar sepultamentos sem identificação e sem que o corpo seja reclamado. Pelo menos 23 corpos foram enterrados como indigentes, mas a busca ativa pela família desses cadáveres vem sendo intensificada.

Em reportagem à TV Gazeta, o perito e médico legista Felipe Porciúncula, chefe do IML Estácio de Lima, em Maceió, explica que os “corpos não reclamados” incluem tanto aqueles sem identificação como os que foram identificados, mas não foram procurados por parentes.

A legislação determina que cadáveres de morte natural e não reclamados podem ser sepultados como indigentes ou encaminhados para uso científico, após 30 dias de recolhimento ao IML, conforme prevê a Lei nº 8.501/1992. 

Já os corpos por morte violenta não podem ser doados nem cremados, devendo ser sepultados após cerca de 30 dias. O material biológico recolhido é armazenado para possibilitar uma eventual identificação futura.

A identificação de um corpo exige um protocolo científico rigoroso com exames (papiloscopia, odontologia legal, antropologia forense) e até DNA forense. Esses procedimentos são realizados antes de qualquer destinação legal a ser dada ao corpo não reclamado.

A Polícia Científica também recorre à imprensa para tentar localizar familiares dos corpos e a Coordenadoria de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil, que realiza o cruzamento com boletins de ocorrência registrados no Estado e em outras regiões.


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