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Alagoas registra 84 casos de queimaduras em crianças de 1 a 4 anos em 2025
Alagoas registra 84 casos de queimaduras em crianças de 1 a 4 anos em 2025
Durante as férias escolares e o período de altas temperaturas, crianças passam mais tempo em casa e intensificam brincadeiras improvisadas em diferentes ambientes. Esse aumento de atividades domésticas coincide com a elevação no número de acidentes. Dados do DATASUS, indicam que 3.613 crianças de 1 a 4 anos foram internadas por queimaduras no Brasil entre janeiro e setembro de 2025. O Nordeste registrou o maior número de casos, com 1.109 internações, seguido pelo Sudeste (938), Sul (777), Centro-Oeste (527) e Norte (262). Entre janeiro e setembro de 2025, o estado de Alagoas registrou 84 casos de queimaduras em crianças de 1 a 4 anos, ficando em 15º lugar nas estatísticas no Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras, sete em cada dez acidentes acontecem dentro de casa. A faixa etária de 1 a 4 anos é a mais atingida – reflexo de uma combinação que inclui curiosidade intensa, rapidez nos movimentos e pouca noção de perigo.
Cozinha: acidentes que acontecem em segundos – A maior parte das ocorrências acontecem com líquidos quentes, segundo a pediatra e membro da ONA, Mariana F. Falavina Grigoletto. No cotidiano das casas brasileiras, basta um cabo de panela virado para fora, uma xícara quente à beira da mesa ou panela recém-retirada do fogo, para que o risco se transforme em queimadura.
Em muitos atendimentos, explica a pediatra, o cenário se repete. “A criança puxa o cabo, tropeça no pano da mesa, esbarra no copo, mexe na cafeteira e tenta alcançar recipientes aquecidos. Todo cuidado é pouco com os pequenos”.
Embora menos frequentes, as queimaduras por chama ou líquidos inflamáveis costumam ser mais graves. “Dentre as queimaduras químicas, a ingestão de soda cáustica é a principal causa de queimaduras em crianças. Pilhas e baterias, quando ingeridas ou rompidas, seguem como ameaça silenciosa devido ao conteúdo corrosivo”, alerta a Dra. Mariana.
Tomadas, fios e sol forte completam os riscos - Choques elétricos também aparecem entre os acidentes mais comuns na infância. Tomadas sem proteção, fios desencapados e extensões improvisadas, muitas vezes passam despercebidos no ambiente doméstico.
No verão, o sol se torna outro vilão. Vermelhidão, dor e calor local são sinais de queimadura solar, mais frequentes entre 10h e 16h, período de maior radiação.



