Política

Heloisa Helena e Fernanda Melchionna protocolam pedido de CPMI do Master

Deputadas começam a arrecadar assinaturas para instalação da comissão após o recesso, em fevereiro
Por Redação 28/12/2025 - 07:11
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Câmara Federal
Heloisa Helena e Fernanda Melchionna protocolaram pedido de abertura da CPMI do banco Master
Heloisa Helena e Fernanda Melchionna protocolaram pedido de abertura da CPMI do banco Master

As deputadas Heloísa Helena (Rede-RJ) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) protocolaram neste sábado, 27, o pedido de abertura da CPMI para investigar denúncias de irregularidades praticadas pelo banco Master. Elas prometem trabalhar arduamente em plena virada de ano para que a comissão seja efetivada.

Ambas coletam assinaturas durante todo o recesso parlamentar. As deputadas querem garantir trabalho pesado aos colegas já na volta do recesso parlamentar, em fevereiro de 2026. Assim, os parlamentares lerão o requerimento logo na abertura das sessões. 


“Quem for podre, que se quebre”

O texto mira uma rede complexa de crimes financeiros. Segundo as deputadas Heloísa Helena e Fernanda Melchionna, autoras, o esquema revela um submundo de promiscuidades institucionais. Heloísa Helena usou uma expressão forte do sertão para definir o tom da investigação: “As denúncias criam uma rede monstruosa de promiscuidades diversas… É nossa obrigação investigar. Cabe aqui a máxima do sertão: Quem for podre, que se quebre”, disparou a parlamentar.

Ao mirar o Banco Master a CPMI pode desvendar crimes contra pequenos investidores que cresceram nos últimos anos. A investigação busca conexões com blindagem patrimonial e lavagem de dinheiro. O caso guarda semelhanças com o Escândalo Petragold, no Rio de Janeiro. A série “A Grande Mentira“, do canal MyNews, detalhou bem essa e outras histórias.

A comissão foca em pontos sensíveis, como:
Fundos de Previdência: Prejuízos em mais de dez fundos de servidores estaduais.
Órgãos Reguladores: Possíveis omissões de quem deveria fiscalizar.
Agentes Públicos: Identificação de quem facilitou operações suspeitas.

A corrida contra o tempo


A engrenagem da CPMI depende do apoio de formalização para a comissão funcionar no retorno do Congresso. Sem todas as assinaturas, o processo trava. Se a mobilização falhar no verão, a investigação morre. Por isso, o empenho das deputadas na coleta de assinaturas mesmo durante o recesso. 

Se instalada, a CPMI terá 120 dias para investigar os controladores do Banco Master. O prazo pode aumentar por mais 60 dias. 


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