ALERJ
Deputados do Rio têm mais faltas em sessões do que colegas presos
Três deputados do Rio foram presos pela Lava Jato no ano passado e, por isso, não estão indo às sessões na Assembleia Legislativa do Estado do Estado (Alerj). Mesmo assim, há quem some mais faltas do que eles em sessões, segundo um levantamento feito pelo G1.
A pesquisa considerou as faltas registradas pelo portal de Transparência da Alerj desde o início do mandato, em 2015, até abril deste ano, último mês disponível. O líder em faltas é o deputado Marcos Abrahão (Avante), que não esteve no plenário 69 vezes no período.
Abrahão soma mais ausências do que Edson Albertassi (MDB), ex-líder do governo de Luiz Fernando Pezão, preso em novembro do ano passado. Albertassi faltou 59 vezes.
Sem considerar os deputados privados de liberdade, a segunda posição no ranking dos ausentes ficou com Pedro Augusto (PSD), que faltou 57 vezes, apenas duas faltas a menos do que o deputado preso.
Filipe Soares (DEM) é o terceiro da lista, com 51 faltas, seguido de Renato Cozzolino (44). Todos esses registram mais faltas do que as 35 de Paulo Melo (MDB), outro dos parlamentares presos na Cadeia Velha.
Na sequência está Átila Nunes (MDB), com 34, que diz que o número de faltas se deve ao esquecimento de fazer o registro biométrico.
Se fossem consideradas também as faltas dos deputados presos, Jorge Picciani estaria no topo da lista, com 114 ausências, sendo que em mais da metade ele ainda não estava na cadeia.
Apenas 10% dos 70 deputados da Alerj nunca faltaram.
De acordo com o levantamento, os mais assíduos são: Benedito Alves (PRB), Eliomar Coelho (PSOL), Luiz Paulo (PSDB), Samuel Malafaia (DEM), Tio Carlos (SD), Wagner Montes (PRB) e Wanderson Nogueira (PSOL).