equatorial na berlinda
Deputado solicita que MPF barre aumento da energia em Alagoas

O deputado federal Marx Beltrão (PSD), coordenador da bancada federal alagoana no Congresso Nacional, solicitou nesta quinta-feira, 2, que o Ministério Público Federal (MPF) apure o andamento dos investimentos assegurados para Alagoas em dezembro de 2018 pela Equatorial Energia.
No documento, Beltrão ainda reforça o pedido para que o MPF acione a Justiça contra o aumento da tarifa de energia elétrica no estado, que começou a vigorar em 1º de julho. “A Equatorial comprou a antiga Ceal por R$ 50 mil e prometeu investir R$ 545 milhões em Alagoas. Cadê estes investimentos? Onde estão? E em plena pandemia da covid-19, a conta do alagoano vai ficar até 12% mais cara. Isto é um desrespeito enorme para com o alagoano, é uma vergonha. Já havia feito este pedido e agora eu o reforço. É fundamental que estes desmandos sejam investigados. Este aumento não pode ser implementado assim, injustamente, neste tempo de crise”, ressaltou.
No documento, Beltrão também pontua que a Equatorial Energia, surpreendentemente, conseguiu a aprovação de um empréstimo de R$ 1,1 bilhão junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O parlamentar relembra que o lucro líquido da empresa disparou e cresceu 106% no primeiro trimestre de 2020, alcançando R$ 440 milhões nos primeiros três meses deste ano.
“Seria de bom grado o MPF inquirir a alta direção da Equatorial Energia solicitando detalhamento completo deste investimento de R$ 545 milhões, assim como metas, ações e trabalhos da empresa em prol do aperfeiçoamento do fornecimento de energia em nosso estado. Isto porque, muito pelo contrário, o que se tem conhecimento é de que a Equatorial, desde que assumiu a tarefa de vender energia para os alagoanos, somente fez piorar esta entrega. São apagões constantes, desrespeitos na relação de consumo, tarifas e cobranças abusivas, ‘apagões’, cortes abruptos e injustificáveis de energia elétrica”, disse o parlamentar.
“Do mesmo modo, reitero pedido já feito por meu gabinete parlamentar a este MPF e constante no pleito por mim protocolado neste Parquet sob Nº 20200042728, em 7 de maio de 2020. Nesta manifestação, solicito que este Ministério Público interponha Ação Civil Pública (ACP) no Poder Judiciário contra o aumento de tarifa praticado pela Equatorial com vigência a partir de 1º de julho de 2020. Este aumento é um descalabro e não pode ser aceito passivamente, especialmente em plena pandemia da covid-19”, finalizou.
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