Agência Brasil
Associação dos funcionários afirma que reabertura do processo não foi planejada
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (3) que abriu inscrições para um novo programa de demissão voluntária, dias após uma iniciativa nessa direção ter tido adesão bem abaixo da esperada.
O prazo para os interessados em participar do novo PDV vai até sexta-feira da semana que vem (11), com o banco estatal ofertando compensação equivalente a 9,5 salários-base. No último programa, em novembro, o banco previa saída de 7.200 empregados, mas teve adesão de apenas 2.300, segundo dados da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal).
Em nota, o banco afirmou que a reabertura do programa foi feita "em atendimento ao pleito dos próprios funcionários da empresa que possuem os requisitos e necessitam de mais tempo para tomada de decisão". Já o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, disse que a reabertura do PDV foi feita "sem nenhum planejamento".
"O que parece é que o único intuito foi pressionar os empregados a aderirem ao plano", disse Takemoto em comunicado, adicionando que funções comissionadas da Caixa foram congeladas como forma de direcionar os funcionários ao programa de desligamento.
Ainda segundo a Fenae, no começo desta semana a Caixa anunciou a desmobilização de cerca de 170 imóveis, que não terão os aluguéis renovados ou serão vendidos.
A Caixa, que chegou a ter 101 mil empregados em 2014, conta atualmente com cerca de 84 mil funcionários. Em fevereiro, pouco antes da pandemia, a Caixa preparava uma reformulação profunda de sua estrutura administrativa, que incluiria um PDV, a criação de centenas de superintendências menores e fechamento de agências.
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