TACLA DURAN

Ex-advogado da Odebrecht cita Moro e Deltan em esquema de extorsão em depoimento

Juiz manda colocar acusador de Moro em programa de proteção de testemunhas
Por Redação 28/03/2023 - 10:01

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Reprodução/Twitter
O advogado Rodrigo Tacla Duran, durante depoimento
O advogado Rodrigo Tacla Duran, durante depoimento

Durante uma audiência remota na Justiça Federal de Curitiba ontem, 27, o advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de lavagem de dinheiro pela operação Lava Jato, mencionou o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) em um caso de suposta extorsão.

De acordo com o depoimento de Tacla, ele depositou 613 mil dólares para um advogado ligado à deputada federal Rosangela Wolff Moro (União Brasil-SP), esposa de Moro, para viabilizar uma delação premiada. Tacla afirma que esse pagamento teria o aval de Dallagnol, mas ao não prosseguir com os pagamentos, ele teria sido preso por Moro.

O valor de 613 mil dólares seria a primeira parcela de um acordo de 5 milhões de dólares negociado por Tacla Duran. A oferta teria sido apresentada pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, sócio de Rosangela Moro, seis meses antes da prisão de Tacla em 2016.

Tacla Duran é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht, e essa foi a primeira vez que depôs para a Justiça brasileira em sete anos. Após a citação, o juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal, encerrou a audiência e pediu que o caso fosse enviado ao STF, já que Moro e Dallagnol são parlamentares e o caso só pode ser tratado pelo Supremo.

Após a audiência, o juiz encaminhou Tacla Duran ao programa federal de testemunhas protegidas "por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos". Tanto Moro quanto Dallagnol negaram as acusações. Moro afirmou que "não teme qualquer investigação" e que as acusações são falsas, enquanto Dallagnol disse, via Twitter, que o caso "é uma história falsa".

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