ECONOMIA
Controladores da Braskem reprovam oferta de árabes, diz jornal
Folha de S.Paulo afirma que acionistas já enviaram recado aos árabes dizendo que avaliam outras propostasA oferta de compra da Braskem feita pelo fundo Apollo e a estatal árabe Adnoc não passou pelo crivo da Novonor (ex-Odebrecht) e tampouco pela cúpula da Petrobras. A informação é da Folha de S.Paulo, mas não cita a fonte. Segundo o jornal, os acionistas já enviaram recados para os árabes e para o fundo Apollo que avaliam outras possibilidades. A Braskem é a maior companhia petroquímica do Brasil e a principal empresa do polo de Triunfo.
Para os controladores, segundo o Twuitter da Folha, o valor final da oferta renderia aos acionistas algo entre R$ 27 e R$ 30 por ação. Isso porque o valor proposto de R$ 47 por ação não é o valor líquido da operação. No detalhe, somente R$ 20 por ação serão pagos à vista. O restante (R$ 27) será pago da seguinte forma: R$ 20 por ação com debêntures (títulos de dívida) perpétuas emitidas pelos proponentes corrigidas a 4% ao ano; e outros R$ 7 por ação em dinheiro, mas a depender do desempenho da Braskem na nova gestão.
O jornal também avalia que, na avaliação de acionistas, o valor das debêntures no período da negociação seria corroído pela Selic (13,75% ao ano) e para receber os R$ 7 extras, a ação da companhia precisaria estar valendo R$ 70, algo considerado impraticável. Por isso, os dois principais acionistas -a Novonor (que possui pouco mais de 50% das ações) e a Petrobras (38%)-- nem querem sentar à mesa de negociação.