INVESTIGAÇÃO

Saiba quem é o preso suspeito de ser maior devastador da Amazônia

Bruno Heller foi flagrado com quase R$ 125 mil em notas de euros, dólares e reais, diz polícia
Por Redação 03/08/2023 - 20:00
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Polícia Federal
Foram encontrados quase R$ 125 mil em notas, incluindo dólares, euros e reais, na casa onde Bruno Heller foi detido
Foram encontrados quase R$ 125 mil em notas, incluindo dólares, euros e reais, na casa onde Bruno Heller foi detido

Um homem foi preso nesta quinta-feira, 3, pela Polícia Federal, em Novo Progresso (PA), sob a suspeita de ser o maior devastador da Amazônia já investigado. De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações apontam que Bruno Heller seria o chefe de um grupo criminoso.

Durante os mandados de busca e apreensão da Operação Retomada, que investiga registros fraudulentos de terras para desmatamento, foram encontrados quase R$ 125 mil em notas, incluindo dólares, euros e reais, na casa onde Bruno Heller foi detido. Parte do dinheiro estava escondida em um fundo falso de um bidê, ao lado da cama.relacionadas_esquerda


Além da grande quantia em dinheiro, a Polícia Federal apreendeu uma arma ilegal e aproximadamente 350 gramas de ouro bruto, supostamente provenientes de garimpos ilegais, o que motivou a prisão em flagrante de Bruno Heller.

De acordo com a PF, o grupo criminoso do qual Bruno faz parte realiza registros fraudulentos de terras no Cadastro Ambiental Rural, utilizando-se principalmente do nome de parentes. Após os registros, as áreas são desmatadas para serem destinadas à criação de gado. 

Foram identificados mais de 6.500 hectares de floresta desmatados, o equivalente a quase quatro ilhas de Fernando de Noronha. Além disso, o grupo teria se apossado ilegalmente de mais de 21 mil hectares de terras da União.

O suspeito já havia sido alvo de 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) por irregularidades. As perícias também apontaram danos ambientais causados por suas atividades na Terra Indígena Baú.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões, pertencentes ao grupo criminoso do qual Bruno Heller é apontado como chefe. As investigações continuam para identificar outros envolvidos. 

A polícia ressalta que os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação, e que os responsáveis pelas atividades criminosas buscam se proteger contra processos criminais ou administrativos, direcionando-os aos participantes sem patrimônio.

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