O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid de se comunicar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros investigados. A restrição também atinge a mulher dele, Gabriela Cid, e outros ex-ajudantes de ordens que são alvos do Supremo.
O tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente ocupou a posição de ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento às autoridades da Polícia Federal nesta sexta-feira, 25, no âmbito de uma investigação relacionada às atividades do hacker Walter Delgatti Neto em relação aos sistemas judiciais.
O ex-assessor de Bolsonaro está atualmente detido devido a suspeitas de envolvimento em um esquema que visava fraudar cartões de vacinação, envolvendo tanto familiares quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações do Ministro Alexandre de Moraes, a análise dos dados obtidos do celular de Mauro Cid, realizada pela Polícia Federal, revelou informações adicionais e a identificação de indivíduos que desempenham papéis em diversas áreas de investigação, como alegados planos de golpe de Estado e a apropriação indevida de presentes oficiais de alto valor oferecidos por governos estrangeiros.
Para o ministro, à medida que as investigações avançam, a restrição da comunicação é considerada uma medida essencial para assegurar que as apurações sejam concluídas com êxito.
“Evidentemente, neste caso, a incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas e absolutamente necessaria a conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”, escreveu.
Utilizamos cookies para coletar dados e melhorar sua experiência, personalizando conteúdos e customizando a publicidade de nossos serviços confira nossa política de privacidade.