JUSTIÇA

Moraes concede liberdade provisória a Mauro Cid após homologar delação

O ministro do STF homologou o acordo de delação e concedeu a liberdade provisória
Por Com agências 09/09/2023 - 12:34
Atualização: 09/09/2023 - 12:35
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Bolsonaro e Mauro Cid
Bolsonaro e Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovou o acordo de delação premiada proposto pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à Polícia Federal. Na mesma decisão, o ministro concedeu liberdade provisória a Cid, com imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de saída de casa em horários específicos e afastamento de suas funções no Exército.

Em 6 de setembro, Cid compareceu ao STF para manifestar seu interesse em colaborar com as autoridades. Ele havia sido detido sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude relacionado aos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Bolsonaro.

Cid é alvo de investigação em diversas operações, incluindo uma que investiga a venda ilegal de joias e outros itens do acervo da Presidência da República durante a gestão de Bolsonaro.

Nas últimas semanas, Cid forneceu depoimentos à Polícia Federal sobre diversos casos, sendo o mais recente em 31 de agosto, relacionado ao caso das joias.

Além de Cid, outras pessoas convocadas para prestar depoimento incluem Jair e Michelle Bolsonaro, o general Lourena Cid (pai de Mauro Cid) e os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. Dos oito convocados, somente Mauro Cid e seu pai prestaram depoimentos em Brasília, enquanto Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, forneceu esclarecimentos em São Paulo.

Bolsonaro e Michelle optaram por permanecer em silêncio durante seus interrogatórios. A ex-primeira-dama invocou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que questiona a competência do STF para julgar o caso. Fabio Wajngarten também se absteve de falar, alegando ser advogado do casal Bolsonaro.

Cid também prestou depoimento em 28 de agosto, no contexto do inquérito que investiga as atividades do hacker Waler Delgatti Neto contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesse depoimento, a Polícia Federal investigou se Mauro Cid participou ou possui informações sobre encontros e tratativas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Essas conversas envolviam supostos planos para invadir o sistema do CNJ e questionar a eficácia do sistema eleitoral.

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