DECISÃO

Justiça concede prisão domiciliar a empresário que atropelou PMs em Arapiraca

Defesa pediu substituição da preventiva depois que o empresário passou mal
Por Redação 08/11/2023 - 18:55
Atualização: 08/11/2023 - 18:59

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Divulgação
Imagens mostram momento trágico do atropelamento do casal de militares na rodovia, em Arapiraca
Imagens mostram momento trágico do atropelamento do casal de militares na rodovia, em Arapiraca

A justiça substituiu nesta quarta-feira, 8, a prisão preventiva do empresário que atropelou dois ciclistas na AL-220, em Arapiraca, por prisão domiciliar. O acidente aconteceu no dia 14 de outubro e teve como vítimas o policial militar Gheymisson Nascimento Porto e sua noiva, a também policial militar Cibelly Barboza Soares, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

A decisão do juiz Alberto de Almeida atende a um pedido da defesa de Edson Lopes da Rocha depois que o empresário passou mal e precisou ser hospitalizado no dia 30 de outubro, enquanto estava preso no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) da cidade de Craíbas. Segundo a defesa, o empresário foi diagnosticado com isquemia cerebral transitória não especificada, tendo sido encaminhado à UTI AVC de um hospital.


"Dada a informação a respeito do estado de saúde do denunciado, reputo que o mesmo deverá cumprir o segregamento cautelar em regime domiciliar, como forma de se buscar de modo mais eficiente o tratamento e a cura para o mal de saúde do qual se encontra acometido", diz trecho da decisão do juiz.

Depois que receber alta do hospital onde está internado, além de cumprir a prisão domiciliar, o empresário também deverá cumprir algumas medidas cautelares, sob pena de ter a prisão preventiva decretada. Edson só poderá sair por meio de autorização judicial; deverá usar de tornozeleira eletrônica; não poderá manter contato e de se aproximar da vítima sobrevivente, de familiares das vítimas e de testemunhas; deverá comparecer em juízo uma vez por mês; e terá suspensa a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor

O juiz também proibiu o empresário de "se pronunciar publicamente sobre os fatos investigados", através de qualquer meio, sob a justificativa de que o empresário tem influência na região. Em depoimento à polícia, o motorista contou que não viu os ciclistas na pista e negou que estivesse bêbado ou que tenha fugido sem prestar socorro, alegando que chamou a filha, que é enfermeira, para prestar assistência às vítimas.

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