TRÁFICO DE DROGAS
Quem é Renato Cariani, sócio de empresa alvo da PF em operação contra tráfico
Influencer é sócio da Anidrol, localizada em Diadema
Na manhã desta terça-feira, 12, a Polícia Federal desencadeou uma operação contra o tráfico de drogas e o desvio de produtos químicos para a produção de crack. O foco principal é a empresa Anidrol, localizada em Diadema, na Grande São Paulo. O influenciador fitness Renato Cariani, sócio da empresa, com mais de 7 milhões de seguidores, também está sob investigação.
Ao todo, são cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto químico para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack. Mas a final, quem é Renato Cariani, sócio da empresa alvo da Polícia Federal?
Renato Cariani Pessoa, nascido em 1976, originário do bairro Cidade Dutra, São Paulo, é filho de uma empregada doméstica e um operário industrial. Sua trajetória, marcada por uma infância simples e bullying, foi reconhecida em 2019 com o Título de Cidadão São-Bernardense pelo vereador Estevão Camolesi.
Com formação em química, administração de empresas e educação física, Cariani se tornou um empresário de destaque no setor fitness, sendo sócio da Supley, a maior fabricante de suplementos da América Latina. O grupo alcançou um faturamento de R$ 830 milhões no ano passado, com a projeção de superar R$ 1 bilhão em 2023.
O influenciador, que acumula quase 4 milhões de inscritos em seu canal no YouTube e 4,2 milhões de seguidores no Twitter e Facebook, falou recentemente sobre o reconhecimento dos fãs em entrevista no podcast "Mais que 8 Minutos", de Rafinha Bastos. Renato Cariani também é alvo de busca na operação da PF, que visa esclarecer seu envolvimento na investigação em curso.
Investigação
A investigação começou em 2022 depois que uma empresa farmacêutica multinacional avisou a PF de que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em nome dela com pagamento em dinheiro não declaradas.
A farmacêutica alegou que nunca fez a aquisição do produto, que não tinha esses fornecedores e que desconhecia os depositantes.
A partir de tais informações, a Polícia Federal iniciou a investigação e identificou que entre 2014 e 2021 o grupo emitiu e faturou notas em nome de três empresas grandes de forma fraudulenta: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.
A PF pediu prisão dos envolvidos, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça negou.
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