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Lancellotti negou qualquer influência sobre as entidades em questão
A Câmara Municipal de São Paulo tomou uma decisão que gerou polêmica ao aprovar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) envolvidas no suporte e assistência a pessoas em situação de rua na cidade. Um dos alvos destacados para a investigação é o padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho dedicado às causas sociais. As informações são do Correio Braziliense.
A iniciativa da CPI foi requisitada pelo vereador Rubinho Nunes (União), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), e conseguiu o apoio necessário de 24 assinaturas. Essa medida tem gerado expectativas de desdobramentos políticos, uma vez que Lancellotti possui proximidade com Guilherme Boulos (PSol), um dos pré-candidatos a prefeito de São Paulo nas eleições subsequentes.
O foco da investigação, conforme anunciado por Rubinho Nunes, será direcionado às atividades das ONGs Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas as organizações atuam ativamente junto à população em situação de rua e dependentes químicos, sobretudo na região central da cidade, incluindo a área da cracolândia.
A Bompar, uma entidade filantrópica com vínculos à igreja católica, teve o padre Júlio Lancellotti como conselheiro em um período anterior. Já o coletivo Craco Resiste, tem foco em combater a violência policial na região da cracolândia.
As motivações por trás da CPI têm sido questionadas por vereadores da oposição, como Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, que apresentaram uma denúncia contra Rubinho Nunes na Corregedoria da Câmara.
Lancellotti negou ter influência direta nas atividades das organizações em questão, enfatizando não estar envolvido em projetos conjuntos com elas. O padre criticou o direcionamento da abordagem, afirmando que o vereador e seus aliados "personalizam e criminalizam" para desviar o foco do debate sobre a questão. Ele também instou os políticos a convocarem o prefeito Ricardo Nunes e a Secretária de Assistência Social, responsáveis pelos fundos públicos destinados a essas iniciativas.
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