Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar se preparando para fugir do Brasil com a ajuda do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi repassada por aliados de Bolsonaro, que indicaram que ele está preocupado com a possibilidade de ser preso. As informações são do Jornal Folha de S.Paulo.

O temor de Bolsonaro é reforçado por declarações de Trump, que, em suas redes sociais, tem caracterizado o ex-presidente brasileiro como uma vítima de perseguição. Recentemente, Trump postou: "Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!". Essa retórica sugere que Trump pode estar preparando o terreno para um pedido de asilo político para Bolsonaro.

Sinais de Fuga

Ministros do STF notaram que Bolsonaro já demonstrou interesse em deixar o país. Em uma viagem aos Estados Unidos no final de 2022, ele expressou um "pressentimento" sobre possíveis problemas legais no Brasil. Além disso, o ex-presidente passou duas noites na embaixada da Hungria, um país com governo alinhado ao seu, após ter seu passaporte apreendido.

Um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, se autodenomina "deputado em exílio" nos EUA e já pediu anistia, alegando perseguição. Apesar disso, aliados do ex-presidente afirmam que não há planos concretos para sua saída do Brasil. Um deles declarou: "Esse negócio do presidente sair do Brasil tem ZERO chance."

Segundo relatos colhidos pela coluna de Monica Bergamo no jornal, aliados do próprio Bolsonaro reconheceram que ele está em “pânico” com os desdobramentos da ação penal que enfrenta por tentativa de golpe de Estado.

O ex-presidente tornou-se réu no STF e está inelegível até 2030, mas pode ser alvo de novas ordens de prisão preventiva, a depender do avanço das investigações da trama golpista de 2022.
Reação de Trump

Na quarta-feira, 9 de julho, Trump anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando que a medida é uma resposta à "perseguição" de Bolsonaro. Essa ação gerou reações no Brasil, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometendo uma resposta proporcional. A situação continua a se desenrolar, com desdobramentos políticos e econômicos em ambos os países.