Sistema financeiro
Governo do Rio é denunciado por investir no Master R$ 1,2 bi da previdência
Notícia-crime foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República pelo deputado Otoni de Paula
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) encaminhou notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo que o governo Cláudio Castro seja investigado por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro.
O pedido é baseado no fato de que a gestão Castro investiu no Banco Master cerca de R$ 1 bilhão do Rioprevidência (entidade que gerencia o dinheiro da aposentadoria de 235 mil servidores fluminenses) e R$ 230 milhões da Cedae, mesmo após alertas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) de que instituição financeira estava em crise aguda.
O Banco Master foi alvo da Operação Compliance Zero na terça-feira (18) para apurar irregularidades na gestão da instituição financeira. O principal controlador do banco, Daniel Vorcaro foi preso, assim como seu sócio Augusto Lima. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição.
Na notícia-crime, Otoni de Paula destaca os alertas emitidos pelo TCE sobre os riscos que qualquer transação com o Master, devido a “concentração crítica” e riscos financeiros à segurança do regime previdenciário. O documento pede que sejam investigados gestores e ex-gestores do Rioprevidência e da Cedae, além de controladores e administradores do Banco Master.
“O que está em jogo não é apenas um problema financeiro, é uma traição institucional de magnitude sistêmica”, escreveu o deputado em suas redes sociais. “O Rioprevidência e a CEDAE expuseram recursos essenciais a um risco bilionário, fruto de uma gestão temerária e de uma imoralidade que a Lei e a Fé não podem tolerar. Atacar o patrimônio dos servidores é atacar a DIGNIDADE das famílias”.
Para Otoni de Paula, a magnitude do prejuízo e o risco de acionamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) exigem quebra de sigilos e responsabilização penal imediata em nível federal. “Quem tenta roubar o futuro do nosso povo deve sentir o peso da Lei”, escreveu ele.



