Mobilização

O que se sabe sobre a greve de caminhoneiros convocada para quinta-feira

Líder autoproclamado protocola pedido no Planalto e convoca paralisação para o dia 4
Por Larissa Cristovão - Estagiária sob supervisão 03/12/2025 - 19:14
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Reprodução
Chicão (de boné) ao lado de advogados ao chegar na Presidência da República
Chicão (de boné) ao lado de advogados ao chegar na Presidência da República

Em uma publicação nas redes sociais, Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, um dos autoproclamados líderes da categoria, anunciou uma possível paralisação dos trabalhadores para esta quinta-feira, 4.

Nesta semana, ele esteve no Palácio do Planalto para protocolar um documento comunicando o movimento. Na ocasião, estava acompanhado do advogado Sebastião Coelho, ex-desembargador do TJDFT e pré-candidato ao Senado pelo Novo.

Chicão, que representa a União Brasileira dos Caminhoneiros, afirma que a paralisação pretende cobrar melhorias históricas da categoria, como aposentadoria especial, reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e estabilidade contratual para caminhoneiros autônomos.

“No dia 4 de dezembro estaremos iniciando esse movimento dentro da legalidade. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato”, declarou. No vídeo, Coelho aparece ao lado de Chicão validando o apoio jurídico ao grupo.

O caminhoneiro também afirmou que conversou com outros líderes e pediu que eventuais atos não impeçam o direito de ir e vir da população. “Temos que respeitar toda a legislação e permitir o livre trânsito das pessoas”, disse.

Apesar da formalização no Planalto, não houve novas manifestações do grupo até o momento. Em agosto deste ano, Chicão e Sebastião Coelho também convocaram uma paralisação nacional, que não aconteceu.

Paralisações anteriores

Em 2018, durante o governo Michel Temer, caminhoneiros bloquearam rodovias em reação ao aumento dos combustíveis. O país enfrentou desabastecimento de diversos produtos em poucos dias, o que obrigou o governo federal a negociar e atender parte das demandas dos motoristas.

Em 2021, caminhoneiros foram a Brasília durante os atos de 7 de Setembro em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro. A segurança reforçada pelo STF e pelo governo do Distrito Federal manteve o movimento pacífico.


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