POLÍTICA
Aprovação a Lula se mantém estável e empata tecnicamente com reprovação
Pesquisa Datafolha aponta equilíbrio entre avaliações positivas e negativas do presidente
A nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, 6, mostra que a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece estável. Segundo o levantamento, 49% dos entrevistados aprovam o trabalho pessoal do presidente e 48% o desaprovam. A margem de erro é de dois pontos percentuais. As informações são do site Metrópoles.
A avaliação do governo apresenta outro cenário. Cerca de 32% classificam a gestão como boa ou ótima, enquanto 37% a veem como ruim ou péssima. Outros 30% consideram o governo regular. Os resultados reproduzem índices registrados em setembro, quando a aprovação estava em 33% e a reprovação em 38%.
A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 113 cidades entre terça, 2 de dezembro, e quinta-feira, 4 de dezembro.
Após uma breve melhora no fim do terceiro trimestre, ligada à prisão de Jair Bolsonaro e ao conflito diplomático com Donald Trump, o cenário voltou a se estabilizar. Nos últimos meses, Lula registrou derrotas no Congresso, especialmente no Senado, após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal contrariar interesses do grupo do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
No mesmo período, o presidente anunciou a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, medida divulgada em cadeia nacional no domingo, 30 de novembro. Entre quem ganha de dois a cinco salários mínimos, a aprovação ao governo subiu quatro pontos, variação dentro da margem de erro.
O quadro atual ainda supera momentos anteriores. Em fevereiro, após a crise do Pix, a aprovação ao governo caiu para 24% e atingiu o pior índice dos três mandatos. Os números permanecem abaixo dos registrados entre 2003 e 2010, mas estão acima dos obtidos por Jair Bolsonaro no mesmo período de seu governo, quando 53% avaliavam a gestão como ruim ou péssima em 2021.
O Datafolha aponta que o humor do país permanece dividido entre desgaste, polarização e expectativas não atendidas. A disputa política em torno de 2026 já começa a influenciar a percepção dos eleitores.



