PANDEMIA

Bolsonaro diz que 'pânico é doença' e fala em decreto para volta ao trabalho

Por R7 30/03/2020 - 11:39
Atualização: 30/03/2020 - 12:15
A- A+
Divulgação
Presidente diz que desemprego também levará à morte
Presidente diz que desemprego também levará à morte

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta segunda-feira (30) que o "pânico é uma doença e está levando o pessoal ao estresse" ao falar sobre a pandemia de coronavírus. Bolsonaro defendeu novamente que o desemprego pode ser pior do que a doença.

"Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão. Outras, por outros motivos. Depressão, suicídio, questões psiquiátricas", afirmou. Segundo o presidente, "quando a situação vai para o caos, como desemprego em massa, fome, problemas sociais, é um terreno fértil para os aproveitadores buscarem uma maneira de chegar ao poder e não mais sair dele".

O presidente voltou a criticar a imprensa. "O alvo sou eu. Se eu sair e entrar o Haddad ou outro qualquer está resolvido", afirmou.

Decreto

No domingo (29) Bolsonaro disse que cogita assinar um decreto para permitir que todas as profissões possam voltar a trabalhar. O presidente tem sido crítico a medidas restritivas impostas por governadores em alguns Estados em razão da pandemia do novo coronavírus.

Segundo ele, a paralisação de comércio e da circulação de pessoas causará um grande impacto na economia, o que pode levar a uma onda de desemprego e falta de sustento para trabalhadores informais.

"Eu estou com vontade, não sei se vou fazer, mas estou com vontade de baixar um decreto amanhã: toda e qualquer profissão legalmente existente, ou aquela voltada para a informalidade, mas que for necessária para o sustento dos seus filhos, para levar o leite para os seus filhos, levar arroz e feijão para a sua casa vai poder trabalhar", afirmou ao chegar no Palácio da Alvorada no domingo, depois de fazer uma visita a vários locais da capital federal, como padarias, postos de combustível, mercados e farmácias.
A entrevista do presidente foi transmitida nas redes sociais.


Encontrou algum erro? Entre em contato