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Países europeus têm recordes de mortes e contágios

Por EFE 25/11/2020 - 07:48

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© Reuters/Agência Brasil
Espanha, Itália e Reino Unido registram maiores números de óbitos na 2ª onda
Espanha, Itália e Reino Unido registram maiores números de óbitos na 2ª onda

A segunda onda de contaminações e mortes por conta do novo coronavírus segue ampliando as cifras da pandemia na Europa. Diversos países do continente, especialmente Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido, registraram novos recordes negativos da covid-19 nesta terça-feira (24). A doença  pressiona os sistemas hospitalares dos países e os levando cada vez mais perto de um colapso por falta de leitos e pessoal qualificado, enquanto os governos buscam soluções para frear os contágios.

O Ministério da Saúde da Espanha notificou nesta terça 12.228 novos casos de coronavírus e mais 537 mortes, um recorde diário nacional de óbitos por covid-19 desde o começo da segunda onda de contágio.

Desde o início da epidemia, 1.594.844 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus na Espanha e 43.668 delas morreram da doença, de acordo com dados oficiais. A taxa de incidência na Espanha, no entanto, tem caído na comparação com outros países europeus. A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia, continua em estado de alarme, novamente declarado em 25 de outubro, com a maioria das regiões fechadas ao tráfego de pessoas, exceto por motivos justificados, como viagens de trabalho, toque de recolher noturno e fortes limitações nas relações sociais e nas atividades hoteleiras, comerciais, culturais e esportivas.

O governo espanhol apresentou nesta terça-feira um plano para começar a vacinação contra a covid-19 em janeiro, voluntária e gratuitamente, primeiro aos idosos e outros grupos de risco e trabalhadores de centros de saúde.

O governo do Reino Unido reportou nesta terça 608 novas mortes por covid-19 no país, o maior número diário registrado desde 12 de maio, mas a quantidade de contágios detectados nas últimas 24 horas caiu para 11.299, uma melhora em relação aos 15.450 de segunda-feira e os 18.662 de domingo.

No total, os números oficiais refletem 55.838 mortes por coronavírus desde o início da pandemia, estatística que inclui aqueles que morreram dentro de 28 dias após o primeiro teste positivo.

Este pico de mortes chega 19 dias após o governo ter determinado um confinamento em toda a Inglaterra, que deve terminar em 2 de dezembro. A partir dessa data, será estabelecido um sistema de restrições graduais, com medidas mais severas nas regiões mais afetadas pelo vírus.

A Itália registrou nesta terça-feira mais 853 mortes por covid-19, a maior quantidade desde 31 de março, quando foram notificados 837 falecimentos. O número é bem superior ao de ontem, cujo balanço apresentou 630 notificações de óbitos. Desde o começo início da propagação do novo coronavírus, 51.306 pessoas já perderam a vida por causa da Covid-19.

Hoje, ainda foram contabilizados 23.232 novos casos de infecção pelo patógeno, em dia que foram realizados 188 mil testes de detecção. A taxa de positividade por exame feito foi de 12,3%, o que indica uma melhora na situação. Apesar de queda em alguns indicadores, o responsável pelo Departamento de Prevenção do Ministério da Saúde, Gianni Rezza, admitiu que a situação é grave e que o número de mortos registrado hoje é uma "péssima notícia".

Atualmente, na Itália, de acordo com dados oficiais, 34.577 pessoas seguem internadas em hospitais, sendo que 3.816 ocupam leitos de terapia intensiva.

Portugal chegou nesta terça-feira a 4.056 mortos por covid-19 desde o início da pandemia, em março deste ano, depois de registrar 85 óbitos nas últimas 24 horas, enquanto os números de internações também bateram recordes, com 3.275 pacientes no total e 506 deles em unidades de terapia intensiva (UTI).

De acordo com o boletim da Diretoria-Geral de Saúde (DGS), o número de mortes reportadas nas últimas 24 horas é o segundo maior de toda a pandemia, superado apenas pelos 91 falecimentos registrados no dia 16 de novembro.

Além disso, 3.919 novos casos de Covid-19 foram confirmados desde segunda-feira, elevando o saldo total de contágios para 268.721, dos quais pouco mais de 80 mil estão ativos.

A pressão sobre os hospitais continua a aumentar com os altos números de internações e a área de Portugal mais afetada pelo novo coronavírus ainda é a região Norte, que atualmente acumula 58% dos novos contágios, enquanto Lisboa e Vale do Tejo registraram 26% nas últimas 24 horas.

Portugal iniciou nesta terça-feira um novo período de estado de emergência, com nível de alerta máximo, para tentar conter esta segunda onda da doença, que está sendo mais forte do que a primeira.

Em grande parte do país estão vigentes medidas que restringem a circulação de pessoas, como o toque de recolher entre 23h e 5h durante a semana, e entre 13h e 5h aos finais de semana em municípios com uma incidência de mais de 480 casos por 100 mil habitantes em um período de 14 dias.

Além disso, o deslocamento de pessoas entre municípios será limitado para evitar que os cidadãos viagem nos dois feriados nacionais nos dias 1º e 8 de dezembro.


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