CENÁRIO OTIMISTA
Réveillon e Carnaval serão seguros, diz infectologista Julio Croda

A confirmação do primeiro caso de Covid-19 em Wuhan, na China, já está perto de completar dois anos, e o mundo ainda se pergunta quando a pandemia chegará ao fim.
“Se conseguirmos revacinar até o fim do ano todo o grupo com maior risco para evoluir para hospitalização e óbitos, teremos dias mais tranquilos, e, eventualmente, a gente pode liberar algumas atividades associadas à aglomeração, como o Réveillon e o Carnaval”, pontua o pesquisador.
Em entrevista ao Metrópoles, Julio Croda esclarece os fatores que vão determinar o fim da pandemia, fala sobre como a vacinação lenta em países pobres pode impactar na imunidade coletiva global e diz o que podemos esperar para os próximos meses.
Futuro da pandemia
Na avaliação do pesquisador da Fiocruz, a combinação do avanço significativo da vacinação, com 90% da população completamente imunizada, com indicadores epidemiológicos que demonstrem redução importante da transmissão do vírus nos guiarão para o fim da pandemia.
“No ano que vem, se a gente mantiver uma trajetória de redução de número de casos, hospitalizações e óbitos; se não tiver o surgimento de novas variantes; e conseguirmos uma excelente cobertura vacinal, a gente pode pensar em flexibilizar o uso de máscara, sempre começando pelas atividades de menor risco, associadas à menor transmissão”, explica Croda.