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Natalya Cerqueira foi nomeada para a Prefeitura, mas atua diretamente na campanha para reeleição do prefeito
O prefeito de Traipu e candidato à reeleição, Silvino Bezerra Cavalcante (PSD), é alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIIJE), instaurada neste sábado, 14, acusado de usar a Prefeitura de Traipu para pagar uma funcionária de sua campanha. Além disso, contrariando à legislação eleitoral, o prefeito teria realizado a contratação de 76 pessoas, após o início do processo para as eleições municipais de 2020. A lista dos novos servidores contratados foi repassada pela Caixa Econômica Federal.
A ação judicial aponta que Natalya Rayra Soares de Cerqueira, servidora paga com recursos públicos, estaria lotada como assessora de comunicação da Prefeitura, recebendo salário de R$ 2,6 mil mensais. Entretanto, a servidora desenvolve atividades para o candidato à reeleição e é vista no perfil do prefeito em suas redes sociais. Em pelo menos sete postagens diferentes, Natalya faz apresentação de propostas de Cavalcante, em horário comercial, quando deveria ocupar as funções para qual foi contratada no município.
“A servidora Natalia Cerqueira, nomeada para o cargo de assessora de comunicação, exerce relevante função na campanha eleitoral dos investigados, sendo a responsável pela apresentação das propostas e realizações do atual prefeito municipal, as quais são veiculadas por meio de vídeos nas redes sociais do investigado Cavalcante”, aponta a ação de investigação.
Cavalcante também é investigado pela contratação de pessoal em período eleitoral. Os documentos que comprovam as contratações irregulares foram fornecidos pela agência da Caixa no município e Girau do Ponciano, após determinação da Vara do Único Ofício de Traipu (PROCESSO:0700242-66.2020.8.02.0039). O juiz responsável pelo caso, determinou que a Prefeitura entregasse os documentos para anexar ao processo, porém, o prefeito Silvino Cavalcante não teria cumprido a ordem judicial.
“Os investigados, na busca pelo êxito no certame eleitoral vindouro, têm empregado toda sorte de expedientes ilícitos com fins de exercer indevida influência na livre formação da vontade política do eleitorado, aproveitando-se do exercício do mandato para auferir vantagem indevida na disputa, mormente por meio da expressiva contratação de servidores temporários nos três meses que antecedem o certame”, denuncia a ação.
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