ELEIÇÕES 2022

Lula no Jornal Nacional: entrevista será contraponto a Bolsonaro

Por Conteúdo Estadão 25/08/2022 - 14:10
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Reprodução/Instagram
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será entrevistado esta noite no Jornal Nacional
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será entrevistado esta noite no Jornal Nacional

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quinta-feira, 25, a partir das 20h30. O candidato é o terceiro da série de entrevistas, que recebe os principais presidenciáveis ao longo da semana, marcada ainda pelo início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, dia 26. Já no domingo, 28, os eleitores poderão acompanhar o primeiro debate entre os principais concorrentes ao Palácio do Planalto.

Para cientistas políticos ouvidos pelo Estadão, Lula tem a oportunidade de resgatar a memória de seu antigo governo como um contraponto à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), e, caso consiga se afastar de temas polêmicos que envolvem gestões petistas como a corrupção, poderá também atrair um eleitorado que ainda mantém seu voto ligado a Ciro Gomes (PDT) ou a Simone Tebet (MDB).

Para o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ex-presidente deve se apresentar de forma mais moderada. “Ele deverá ponderar palavras, não vai falar que vai revogar reforma trabalhista para provocar atritos com o empresariado e certamente vai dizer que no governo dele vai conversar com todo mundo. O que de certa maneira ele tem como se diferenciar de Bolsonaro”, afirmou.

Na segunda-feira, 22, o petista se manifestou contrário ao teto de gastos e disse que o mecanismo já é uma “ficção” na atual gestão. Ele ainda não deu mais detalhes sobre seu plano para a economia brasileira. No dia seguinte, ele fez um aceno a empresários da área da construção civil e disse que “não tem medo do endividamento do Estado”.

Teixeira destacou possíveis elementos que poderiam trazer um resultado positivo ao petista. “Há três questões importantes: a memória da renda e do emprego em suas gestões, quando havia números melhores aos atuais, a questão da segurança alimentar, com o retorno do Brasil ao mapa da fome da ONU e o seu o perfil da liderança, amplo, que envolveram diferentes bases do empresariado brasileiro”, disse.


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