POLÍTICA
Lula é diplomado e diz que democracia foi reconquistada pelo povo
Alexandre Moraes é ovacionado pelo público e encerra processo eleitoral no PaísO presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), receberam das mãos do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o diploma de Presidente da República Federativa do Brasil. Moraes disse que a diplomação "expressa vontade das urnas".
"Não é diploma do Lula, de uma parcela do povo que reconquistou o direito de viver em democracia. É a certeza de que Deus existe. Sei o quanto custou essa espera pra gente reconquistar a democracia. Farei todos os esforços para cumprir os compromissos, fazer o Brasil mais desenvolvido, justo, com mais qualidade de vida sobretudo para as pessoas mais necessitadas", disse.
Também no discurso, Lula chorou ao se lembrar de críticas que sofreu por não ter diploma universitário.
Em referência ao governo Jair Bolsonaro, o presidente eleito criticou o "projeto de destruição ancorado no poder econômico e em uma indústria de mentiras". "Democracia, por definição, é o governo do povo, por meio da eleição de seus representantes. Mas precisamos ir além dos dicionários. O povo quer participação ativa nas decisões de governo. Democracia é alimentação de qualidade, é ter emprego, saúde, educação, segurança e moradia", acrescentou o petista.
"É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo", concluiu.
Alexandre de Moraes foi ovacionado pela plateia ao abrir o evento.
Participaram da cerimônia os demais ministros do TSE, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, os ministros do TSE, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem das Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.
Na primeira fila do plenário lotado, estavam a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, os ex-presidentes Dilma Rousseff e José Sarney e Fernando Haddad, anunciado por Lula como futuro ministro da Fazenda.