'INDIGNAÇÃO'

Carlinhos Maia critica projeto que quer proibir casamento homoafetivo

Para o influencer alagoano, país tem muitas questões que deveriam ser prioridade
Por Redação 11/10/2023 - 20:14
Atualização: 11/10/2023 - 20:33

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Reprodução/vídeo
Carlinhos Maia
Carlinhos Maia

"Chega a ser ridículo", disse o influenciador Carlinhos Maia ao criticar um projeto que tem o objetivo de proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. O texto foi aprovado nesta terça-feira, 10, por uma comissão da Câmara dos Deputados e ainda terá de ser analisado por duas outras comissões e pelos plenários de Câmara e Senado.

"No país que a gente vive, com o tanto de gente passando fome, com tanta miséria, com educação péssima, com a saúde ridícula, esses homens preocupados com quem vai casar com quem", disse Carlinhos, que vive um relacionamento com o também influenciador Lucas Guimarães há 14 anos.

O projeto foi apresentado em 2007 e desengavetado em 2023. A pauta é defendida por parlamentares de oposição ao governo e ligados à bancada evangélica. A base jurídica para a oficialização dos casamentos homoafetivos é uma decisão do STF de 2011. 

Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou resolução para obrigar a celebração de casamentos homoafetivos em cartórios. Desde a resolução do CNJ, o número de casamentos homoafetivos cresceu quase quatro vezes no Brasil. Os registros saltaram de 3.700 em 2013 para quase 13 mil em 2022.

Carlinhos e Lucas se casaram em maio de 2019. Eles compartilham o dia a dia do casal nas redes sociais. "Vocês me acompanham [com] o Lucas e acho que vocês entendem que não há nada de anormal nisso. Eu já casei, eles não podem cancelar isso, mas eu fico triste por tantos e tantos homens incríveis que assumem ser o que são e têm esse direito negado, de morar e manter uma família e de salvar tantas crianças que tantos héteros deixam para trás", disse Carlinhos.

Nos vídeos publicados nos stories do Instagram, Carlinhos ainda questionou sobre a justificativa ligada à religião, usada por alguns parlamentares que votaram a favor do projeto. "Eles usam o nome de Deus para tudo. Sempre para diminuir, limitar, prender, chicotear, julgar e mandar para o inferno. Que Deus é esse que o povo usa para destruir os outros? Não é o mesmo Deus que eu sinto no meu coração"

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