MÚSICA
Fantasma Rock 2025 une gerações e mostra que cultura também é cuidado
Festival gratuito se consolidou como um verdadeiro rock da família
O Fantasma Rock 2025 confirmou, em 12 horas ininterruptas de música, que o rock alagoano vive um de seus momentos mais maduros — não apenas pela força criativa das bandas, mas pela capacidade de reunir pessoas, gerações e famílias em um ambiente seguro, acolhedor e vibrante. Realizado na Praça 2 Leões, no bairro histórico do Jaraguá, o festival gratuito se consolidou como um verdadeiro rock da família.
Das 11 atrações do line-up, oito eram bandas alagoanas, reafirmando o compromisso do evento com a cena autoral local. Do início ao fim, o público vibrou com a tradicional roda do rock, que lembrou os grandes encontros coletivos do gênero: respeito, energia e comunhão. O clima de euforia foi constante — tanto nas apresentações das bandas da casa quanto no aguardado show do Digão, líder dos Raimundos, que levantou a galera com um repertório explosivo e direto.
Mas o Fantasma Rock 2025 foi além do palco. Durante todo o evento, não houve nenhuma ocorrência registrada, um dado que reforça o caráter organizado e responsável do festival. A estrutura contou com bombeiro civil, Guarda Municipal, equipe médica e ambulância, disponibilizadas com o apoio das secretarias municipais de Saúde e Segurança, garantindo tranquilidade para artistas e público. “Foi o nosso segundo ano de parceria com a organização, com o mesmo resultado. O evento cresceu mantendo a mesma pegada. Sem dúvida temos um evento no calendário alternativo que precisa ser mantido e, no que depender de nós que venha 2026˜, garantiu Miryel Neto, presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), correalizadora do Fantasma Rock.
O resultado foi um cenário raro e poderoso: famílias inteiras curtindo rock juntas. Crianças nos ombros dos pais, jovens vibrando nas rodas, adultos revivendo memórias e “velhos” roqueiros celebrando a permanência do gênero. As imagens que ficaram — e que já circulam — traduzem essa confraternização de gerações, onde o rock se apresentou como linguagem de afeto, identidade e pertencimento.
Ao final do show, Digão destacou publicamente a energia diferenciada do Fantasma Rock, elogiando a organização e, sobretudo, a iniciativa de manter um evento gratuito, acessível e plural. Um reconhecimento que reforça o festival como um exemplo de política cultural viva, feita com planejamento, paixão e compromisso social. “Festa linda. Isso é o rock, cara!”, definiu Digão.
O Fantasma Rock 2025 mostrou que o rock não é ruptura — é encontro. E quando a música é tratada com seriedade, o resultado é um espetáculo onde a cena cresce, o público se reconhece e a cultura cumpre seu papel: unir pessoas.



