NA BASE DO ESPORTE

Socialização e inclusão social avançam no combate à violência

Por Agência Alagoas 04/07/2018 - 14:20

ACESSIBILIDADE

Foto: Divulgação
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Através da Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude, criada para unificar em uma só área de atuação três importantes segmentos sociais, o governo de Alagoas oferece o programa Na Base do Esporte, o primeiro com viés esportivo, cujo objetivo é promover a socialização e a inclusão social através do esporte.

O programa Na Base do Esporte foi lançado no segundo semestre de 2015 e existe atualmente em 11 (onze) bairros da capital alagoana (Bebedouro, Jacintinho, Forene, Conjunto Santa Maria, Cleto Marques Luz, Selma Bandeira, Grota do Pau D’arco, Trapiche, Clima Bom, Caminha e Vergel) e atende cerca de 1500 (mil e quinhentas) pessoas, entre crianças, jovens e idosos. Sua edição é de duração continuada, 20h por semana. São investimentos que levam qualidade de vida para moradores de regiões da periferia de Maceió.

Para a secretária do Esporte, Lazer e Juventude, Cláudia Petuba, “o programa Na Base do Esporte é um dos trabalhos que mais gratificam aqui na Secretaria. Esse compromisso social, o retorno humano, nos enche de orgulho e muito nos engrandece”.

"O programa Na Base do Esporte vem cumprindo o seu papel de levar inclusão social e o esporte de maneira cidadã para a população alagoana. É a consolidação de política pública focada na diminuição dos índices de criminalidade. O governo como um todo vem trabalhando para reduzir os números da violência no Estado e ao mesmo tempo, abrir portas para um futuro melhor pra as crianças, jovens e adultos integrantes do programa”, afirma a secretária, que justifica o esporte como prevenção à violência: “a prevenção da violência tem se apresentado como a forma mais eficiente de combatê-la, pois os custos são menores, os resultados são mais sólidos, o poder de multiplicação dos efeitos positivos são maiores", afirma a secretária.

O programa atua compreendendo várias modalidades esportivas, entre elas a luta olímpica. No Centro Estadual de Esporte e Lazer (CELL), no bairro de Bebedouro, o projeto começou em março de 2017, sob a responsabilidade da Federação Alagoana de Lutas Associadas (FALLA) e já coleciona lindas histórias de resgate e inclusão social.

Cada entidade apresenta atividades diferentes. No Estádio Rei Pelé, por exemplo, a Federação Alagoana de Atletismo (FAAT) promove aulas de atletismo, futebol e handebol, enquanto a Federação Alagoana de Beach Soccer (FALABS) realiza aulas de zumba e ginástica.

A beneficiária Maria da Conceição Araújo, de 69 anos, afirma que as atividades físicas que vem fazendo através do programa tem melhorado sua condição de vida: “toda segunda, quarta e sexta participo da Zumba no Trapichão. Venho logo cedo, volto para casa disposta, faço a comidinha do marido e dos filhos. Tenho me sentido muito bem. Acho que nós, que vivemos em locais mais afastados, merecemos este tipo de atenção e de forma gratuita, claro”. E concluiu sorridente: “eu estou satisfeitíssima”.

Para Tarcísio Tavares, coordenador do núcleo no CEEL, o projeto “busca a melhoria da comunidade. Nosso projeto é social”. De acordo com o professor, que é atleta, “o esporte ajuda na compreensão das regras e trabalha o respeito. Observamos na base, o quanto as crianças aprendem essa lição, respeitando o momento das atividades, o professor e os demais colegas. Não é brincar por brincar, é brincar com uma finalidade, é preciso compreender as regras e lidar com as derrotas”.

O professor, que carrega experiência de atuação em locais como academias privadas, expressou o compromisso das crianças da região: “a periferia se dedica muito mais. Nossos alunos são muito assíduos, não faltam e querem participar de tudo. Quando chegamos, observamos muita carência da criança com relação à prática esportiva orientada, ou seja, a parte técnica e com nosso trabalho elas se aprofundaram mais no futebol, na luta olímpica, no handebol, no voleibol e no atletismo”. A partir disso, com muita segurança, afirma que “vemos muitas crianças com aptidão para o esporte de alto rendimento”.

Além da parte mais prática do objetivo do esporte, existe uma que não se mede por ser subjetiva e atuar diretamente na sensibilidade de quem se aproxima. Para o professor, “o vínculo é muito grande. O afeto, o carinho a ligação emocional que criamos com essas crianças, com sua história, essas coisas nos engrandecem”.


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