PESQUISA DO IBGE

Desemprego cresce em 25 das 27 unidades da federação no 1º trimestre

As maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco e Bahia
Por Estadão Conteúdo 17/05/2025 - 07:40
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Foto: Divulgação
Carteira de Trabalho
Carteira de Trabalho

A taxa de desemprego cresceu em 25 das 27 unidades da Federação na passagem do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o avanço foi considerado estatisticamente significativo em apenas 12 delas, uma vez que as demais oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa, informou o IBGE.

As maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%). Nenhum Estado teve queda na taxa de desemprego no período. Na média nacional, a taxa de desemprego subiu de 6,2% no quarto trimestre de 2024 para 7,0% no primeiro trimestre de 2025.

"O mercado de trabalho continua forte. O aumento na taxa é menor do que a média para primeiros trimestres", disse William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. "É o menor valor (na taxa de desemprego) para um primeiro trimestre desde o início da série."

Segundo Kratochwill, o resultado mostra que o mercado de trabalho foi capaz de absorver trabalhadores temporários contratados no quarto trimestre de 2024.

Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 5,9% para 6,2% no período. Apesar do aumento da taxa de desemprego, o Estado registrou abertura de 246 mil vagas com carteira assinada no primeiro trimestre. "São Paulo está mostrando que o mercado de trabalho está aquecido, e com mais formalidade", avaliou o pesquisador do IBGE.

Informalidade

No primeiro trimestre de 2025, a taxa de informalidade no País foi mais elevada nos Estados do Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%). Por outro lado, as unidades da Federação com as taxas de informalidade mais baixas foram Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%).

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no primeiro trimestre. A taxa de desemprego foi de 5,7% para homens e de 8,7% para mulheres.



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