A costa brasileira não reúne condições ideais para um furacão porque há várias barreiras que dificultam a formação de eventos climáticos.

Uma das barreiras contra esse tipo de fenômeno é a temperatura do Oceano Atlântico, que chega no máximo a 26°C. As águas precisam ser mais quentes, acima dos 27 °C, e coincidir com ventos, vapor de água e mudanças de pressão. Em geral, a pressão precisa ser mais baixa e a temperatura mais alta do que nas regiões vizinhas para a formação de um furacão.

Há 20 anos, houve o registro do único furacão no Brasil, chamado Catarina, que atingiu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina que provocou a destruição de 1.500 casas e a morte de 11 pessoas.

Normalmente o que há na costa brasileira são ciclones extratropicais e subtropicais. O Catarina, por exemplo, começou como um ciclone extratropical, a 1000 quilômetros da costa, e aos poucos adquiriu o formato circular no seu centro, com a forma de um olho bem definido, atingindo o estado gaúcho e catarinense com uma velocidade de 150 km/horas.

Já a Flórida e o resto do Golfo do México sofrem com ciclones tropicais e furacões todos os anos. O Golfo do México é especialmente raso, o que facilita o aquecimento das águas.

Acosta da Flórida é impactada pelas ondas tropicais que se originam na África Ocidental e se propagam pelo Oceano Atlântico. Ali também possui condições para a deformação do vento, chamado de cisalhamento, que contribuem para um ciclone evoluir para furacão como o Milton.